“Tenho o mesmo orgulho de estar presente nesta fase da prova e é um orgulho mesmo muito grande. De resto, não há absolutamente nada de diferente. Tenho a mesma ambição, vontade e trabalho de preparação. Obviamente, espero que o resultado seja diferente, mas, se não for, ficarei com a mesma certeza da última vez: que tudo fizemos para que a coisa corresse bem”, partilhou o técnico, em videoconferência de imprensa.

Portugal, finalista vencido em 1994 e 2015, e Alemanha, vencedora em 2009 e 2017 e vice-campeã em 1982 e 2019, defrontam-se no domingo, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana, numa final com arbitragem do georgiano Giorgi Kruashvili.

“Claro que pode ficar aquele sabor amargo de derrota, mas o positivo é muito maior do que o negativo, independentemente de não vencermos o troféu. É preciso muito para atingir estes patamares e é isso que temos conseguido. Será mais uma final, mas é mais um jogo que disputaremos”, reforçou o selecionador de sub-21, no cargo desde 2010.

Caso único de longevidade no futebol europeu de seleções de ‘esperanças’, o ex-defesa esquerdo internacional luso levou a equipa das ‘quinas’ à final do Euro2015, na República Checa, que a Suécia venceu no desempate por penáltis (3-4), após um ‘nulo’ no prolongamento.

“Em relação a 2015, tenho de pensar nisso, até porque tenho recebido várias mensagens de jogadores que estiveram nessa final e sou obrigado a recordá-la. Volto a dizer: olho para as finais que alcançámos e nunca será nada perdido”, vincou, sobre uma geração com Raphaël Guerreiro, William Carvalho, Sérgio Oliveira, João Mário ou Bernardo Silva.

Se essa formação chegou à final de Praga sem qualquer atleta com títulos conquistados nas seleções jovens, a atual equipa de sub-21 tem seis com hipótese de completarem o pleno de triunfos continentais e outros tantos que celebraram nos sub-17 ou nos sub-19.

“Eles já entraram no futebol profissional há algum tempo e a sua experiência, sobretudo em relação ao Mundial de sub-20, não foi a melhor. Sabem disso, mesmo que esse passado se mantivesse. Cada altura tem os seus momentos para provar e nunca me canso de dizer que se devem sentir orgulhosos de todas as finais que alcançaram. Nos seus respetivos momentos foram importantes, mas agora nada disso interessa”, frisou.

Rui Jorge priorizou a ambição de “elevar o nome de Portugal” em mais um “momento extraordinário” para o grupo, do qual espera que “consiga demonstrar a sua qualidade”, enquanto vive a maior série vitoriosa da história dos sub-21, com 12 triunfos seguidos.

“Não os consigo definir apenas numa palavra. Já disse muitas vezes que tenho muito orgulho do trajeto que estão a fazer connosco e da postura que têm tido. Têm feito tudo aquilo que nós pretendemos que eles façam. Nota-se que há uma vontade grande de o fazer e logo aí é um princípio muito lindo e interessante para se trabalhar”, valorizou.

O palco da final está localizado lado da Arena Stozice, onde Portugal conquistou um inédito título de campeão europeu de futsal há três anos, numa talismã capital eslovena onde as cores nacionais já venceram Inglaterra (2-0) e Suíça (3-0), na primeira fase, ocorrida entre 24 e 31 de março, e a Itália, nos ‘quartos’ (5-3, após prolongamento).

“O [selecionador de futsal] Jorge Brás já me mandou uma mensagem a referir isso. De facto, o estádio é ao lado do pavilhão, mas é uma curiosidade e não relevo minimamente essas coisas. Ljubljana é uma cidade bonita e ficará sempre na nossa memória, pois já passámos aqui muito tempo e vivemos momentos muito intensos e alegres”, finalizou.

A 23.ª edição do campeonato da Europa de Sub-21 integra pela primeira vez 16 participantes e tem decorrido na Hungria e Eslovénia, num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de covid-19.

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