“Quando se fala do estilo de jogo para a nova época, claro que é um futebol de ataque. Queremos ser ativos, queremos ser muito ativos quando o adversário tem a bola. Também queremos ter uma ideia clara de como podemos recuperar a posse de bola o mais cedo possível”, afirmou o técnico alemão numa entrevista dada a Toni, antiga glória do Benfica, para os meios de comunicação do clube.
Ainda acerca do estilo de jogo que quer implantar na próxima época, Schmidt considera importante que esse trabalho seja feito “de forma muito consistente, em conjunto e que todos os jogadores estejam envolvidos e assumam também a responsabilidade”.
“Quando se quer jogar um futebol ativo, com muita pressão e com momentos de transição, todos os jogadores têm de estar envolvidos. Mas, para mim, o mais importante é que os jogadores estejam preparados e motivados para pôr em prática a forma como queremos jogar”, explicou Schmidt, que se confessou feliz por Ángel Di Maria continuar mais um ano na Luz.
O treinador encarnado elogia o extremo argentino, que poderia fazer tantas coisas diferentes, de ir atrás de mais dinheiro, e que, pelo contrário, tomou a decisão de voltar ao clube onde tudo começou na Europa.
Para Schmidt, isso é revelador do seu caráter e dá um exemplo: “Se o vissem todos os dias nos treinos… Gosto muito de o ver porque ele é um exemplo para todos os jogadores, para os jogadores que estão a crescer e que observam um jogador que já teve uma carreira fantástica, mas que ainda quer ganhar em todos os treinos. Está muito motivado e continua a jogar ao mais alto nível. E acho que ele nos dá tanta, tanta qualidade e mentalidade”.
Desafiado por Toni a fazer um balanço acerca da duas primeiras semanas de treino e dos jogos de preparação da pré-época , o alemão mostrou-se satisfeito: “Acho que as duas primeiras semanas de treino foram excelentes. Gostei da motivação dos jogadores e também da qualidade. Penso que estivemos bem nos jogos amigáveis, mas claro que não foram perfeitos. Já se vê que, mesmo quando temos muitos jogadores jovens connosco nesta pré-época, somos capazes de jogar como queremos”.
Schmidt abordou ainda a saída de Rafa, “um jogador com um perfil único, quase impossível de encontrar”, e os reforços que o Benfica contratou para esta época, desde o ponta de lança grego Vangelis Pavlidis, ao lateral esquerdo alemão Beste ao médio Leandro Barreiro.
“O Pavlidis é um jogador que mostrou, sobretudo nas duas últimas épocas no AZ Alkmaar, que é um avançado muito completo, com muita qualidade na finalização, a marcar golos e a fazer assistências, mas também um jogador muito trabalhador. Penso que é um jogador que tem o perfil para jogar este tipo de futebol ativo e de alta pressão e o que já demonstrou nas duas primeiras semanas, que também tem a mentalidade necessária para mostrar isso em campo”, afirmou o treinador alemão.
Já sobre Leandro Barreiro, considerou que se trata de um jogador “muito fiável e muito semelhante ao Florentino”, e que ambos, “no que diz respeito à concentração tática, à qualidade, à força física, são capazes de jogar este tipo de futebol”, uma vez que são muito bons a recuperar bolas, que é algo que é necessário na equipa para criar o equilíbrio certo”.
Reconhece que são necessários alguns artistas, alguns jogadores que “façam a diferença no ataque”, mas, ao mesmo tempo, realça a necessidade de a equipa ter jogadores que “ofereçam a estabilidade necessária para jogar um bom futebol tático”.
Finalmente, traçou o perfil do seu compatriota Niklas Beste: “É um jogador que jogou as duas últimas épocas a um nível muito elevado, tem um pé esquerdo fantástico na finalização, nas bolas paradas, nos cruzamentos, e é muito poderoso também nos ‘sprints’ e nas corridas de alta intensidade. Acho que estes jogadores são capazes de jogar o futebol que nós queremos jogar. Foi por isso que os escolhemos para o Benfica”.
Comentários