Em declarações à Lusa, o comissário da PSP, Tiago Garcia, esclareceu que “quatro adeptos foram detidos por posse de artefacto pirotécnico e dois por agressões a polícias, numa ocorrência quase no final do jogo”, altura em que também se registou uma “intervenção mais musculada” das forças de autoridade junto do grupo organizado de adeptos do Benfica.

“Três das detenções por posse de artefacto pirotécnico aconteceram antes do jogo, a outra foi já durante o encontro, e as detenções por agressões foram mesmo já nos últimos dez minutos”, afirmou, referindo ainda que os seis elementos vão ser presentes a tribunal na segunda-feira.

Questionado sobre o elevado número de artefactos pirotécnicos deflagrados no início do desafio para o relvado, obrigando mesmo à interrupção do jogo, Tiago Garcia garantiu que o processo de revista não é da competência da PSP, mas vincou que essa situação vai ser investigada.

“Não temos ainda explicação para isso, vamos averiguar. Não nos cabe a nós a parte das revistas, é uma competência do promotor. Identificámos alguns adeptos suspeitos e acredito que venham a ser responsabilizados mais tarde”, observou, sublinhando que esses quatro adeptos identificados foram removidos das bancadas durante a partida.

A terminar, o comissário da PSP revelou que a operação contou com o acompanhamento de uma delegação de polícias do Qatar, que serviu para preparar já ações de policiamento no Campeonato do Mundo de futebol de 2022.

“Estiveram a acompanhar o policiamento no âmbito de um intercâmbio com a Interpol para depois adaptarem no Mundial 2022. É um legado que vem já do Euro2004. A operação é um exemplo para eles”, concluiu.