Após a vitória na fase de grupos, Portugal bateu por 5-0 o Kosovo nos quartos de final e garantiu um lugar nas meias-finais na competição, que está a decorrer na República Checa entre 17 e 20 de fevereiro.

Na quinta-feira, último dia de competição em que se realizam as meias-finais e final, os padres lusos vão medir forças com a Bósnia, reeditando a final da edição de 2019, conquistada por Portugal.

Os portugueses venceram o grupo em que estavam inseridos com vitórias sobre o Cazaquistão (6-0), Itália (4-0) e República Checa (1-0) e ainda um empate frente à Hungria (1-1).

De ‘pé quente’ no arranque do torneio está o padre André Meireles, já com nove golos apontados, marcando em todos os jogos, e fazendo dois ‘hat-tricks’.

“A veia goleadora está presente, mas o mais importante é manter o foco, pois todos embebemos o mesmo espírito e o importante é o coletivo”, sublinhou à Lusa o sacerdote natural de Alijó, no distrito de Vila Real.

O bom momento do pároco da diocese de Vila Real, conhecido entre os pares como ‘Meira’, faz Portugal sonhar com mais um título, apesar das dificuldades esperadas.

“Há equipas com muito valor e por isso queremos continuar a trabalhar para não defraudar as expetativas de um leque de pessoas que nos tem ajudado ao longo dos meses para estarmos presentes na competição”, vincou.

A participar pelo nona vez na seleção do clero, e de regresso este ano após ter falhado a edição de 2019, Carlos Rubens, pároco da diocese de Vila Real, teve um regresso ‘em grande’ ao fazer, de calcanhar, o “golo mais bonito do torneio até ao momento”.

“Foi um golo especial porque foi o primeiro da equipa contra o Cazaquistão e disseram que foi o mais bonito até agora, mas o mais importante é o coletivo”, contou.

Para Carlos Rubens, o dia foi “muito cansativo” devido aos cinco jogos, mas o chegar mais uma vez à fase decisiva deixa os portugueses focados no “objetivo de ser campeão”.

De ano para ano o sacerdote que é pároco no concelho de Montalegre vê o nível a aumentar e os adversários a “aperfeiçoarem-se taticamente e fisicamente”, levando a que “nenhum jogo esteja ganho à partida”.

Apesar do desgaste, o técnico da seleção do clero, Ricardo Costa, garante que a equipa está preparada para o dia decisivo.

“Estamos presentes com 15 atletas e todos puderam participar no primeiro dia, uns mais do que outros, mas agora será importante descansar para abordar com força as meias-finais”, analisou.

O bancário de profissão, que é também treinador do Cabeçudense, equipa de futsal do distrito de Braga e vice-presidente do Famalicão, elogiou ainda a postura dos seus jogadores.

“Neste primeiro dia vencemos seleções fortes como a Itália e Cazaquistão, bem como a equipa anfitriã e nos quartos-de-final eliminamos o Kosovo por claros 5-0 num jogo dominado do primeiro ao último minuto”, atirou.

A equipa nacional junta 15 jogadores, padres em diversas dioceses do país, como Braga, Vila Real, Viana do Castelo, Porto e Lamego.

A principal novidade para a edição de 2020 do europeu que junta 19 seleções é o apoio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), com a oferta de equipamentos que levam os padres portugueses a carregarem o símbolo das quinas ao peito.

Na outra meia-final a seleção da Eslovénia vai medir forças com a Polónia para apurar a outra seleção finalista.