Na conferência de imprensa de antevisão do encontro da terceira jornada, o técnico lembrou que mudou “seis jogadores” na partida anterior desta competição, frente ao Standard Liège, e que isso “deu resultado” e o levou mesmo a considerar que foi “o melhor jogo” da equipa nesta época.

“Amanhã [quinta-feira], claro que vamos mexer. Há jogadores que vêm de quatro jogos consecutivos, em que nunca foram substituídos, ontem (terça-feira) fizeram recuperação, mas hoje vão treinar comigo e vou ver como estão. A minha experiência e a minha conversa com eles individualmente vão dar-me sinais para tomar as minhas decisões”, explicou Jorge Jesus.

O técnico garantiu, ainda, que o grupo de trabalho à sua disposição tem “quantidade e qualidade” para promover essa rotatividade de jogadores sem afetar o rendimento da equipa, mas assumiu que Everton vai continuar a merecer a sua confiança, apesar de ter sido substituído ao intervalo do encontro com o Boavista, na segunda-feira, do qual os ‘encarnados’ saíram derrotados por 4-0.

“O Everton, desde que veio da seleção do Brasil, veio mais carregado. No Bessa foi dos que não estava muito bem, mas não o tirei por qualquer problema físico, tirei por uma questão tática e por precisar de um jogador com outro rendimento naquela posição. Se não tiver problema nenhum, de certeza que vai estar no jogo”, disse o técnico sobre o segundo jogador mais utilizado nesta época, só atrás do guarda-redes Vlachodimos.

Numa espécie de ‘ponte’ entre a derrota (3-0) no estádio do Bessa e a partida de quinta-feira, Jesus voltou a comentar o elevado número de faltas cometidas pelos ‘axadrezados’ para garantir que “não há nenhuma equipa da Liga Europa que vá fazer 31 faltas” e que a questão do ‘fair-play’ não se coloca nestes desafios.

“Nos jogos internacionais não acontece tanto antijogo. As equipas jogam com os seus conhecimentos e valor tático, não entrando em situações de quebra de ritmo e paragens de jogo. Isso acontece mais no futebol português e nos países onde o futebol é menos evoluído, nas competições europeias esse problema não se coloca”, criticou.

Sobre o Rangers, o técnico, que foi duas vezes finalista da Liga Europa ao serviço dos ‘encarnados, assumiu que vai ser “o adversário mais forte” que a sua equipa enfrentou até agora e não teve dúvidas em referir que “qualquer uma das equipas pode ser vencedora do grupo e deste jogo”.

“Tem um sistema de jogo em 4-3-3 bem diferenciado das outras equipas. Vai ser um jogo difícil para o Benfica, mas também para o Rangers. Têm três jogadores na frente rápidos e com muita agilidade, que não entram muito em tarefas defensivas, a não ser na primeira zona de pressão e depois ficam sempre os três para o contragolpe, daí que temos de ter especial atenção à forma como esta equipa sai a jogar”, analisou o treinador.

O Benfica recebe o Rangers na quinta-feira, às 17:55, no Estádio da Luz, em encontro da terceira jornada da fase de grupos da Liga Europa de futebol, que pode definir um líder isolado no Grupo D.

Os ‘encarnados’ e os escoceses venceram os dois encontros anteriores e lideram o grupo com os mesmos seis pontos, enquanto os belgas do Standard Liège e os polacos do Lech Poznan ocupam as duas últimas posições, ainda sem qualquer ponto.