Numa reunião magna em que estiveram presentes 553 sócios, correspondentes a 3.021 votos, o documento - que projeta ganhos de 24,26 milhões de euros para 2018/19 - foi aprovado com 56 por cento dos votos, enquanto o Relatório e Contas do último ano de mandato do ex-presidente Bruno de Carvalho – com um resultado líquido de 2,088 milhões de euros - mereceu a validação de 82 por cento dos associados.

Na primeira reunião magna desde que foi eleito a 8 de setembro presidente do clube ‘leonino’, Frederico Varandas deparou-se com a hostilidade e insultos de um grupo de sócios apoiantes de Bruno de Carvalho, além das presenças do pai e da irmã do ex-presidente, Rui de Carvalho e Alexandra Carvalho.

Já nos minutos que antecederam o início dos trabalhos, a agitação de alguns sócios virou-se para os profissionais da comunicação social que estavam a recolher imagens antes do arranque da AG, forçando a uma saída precoce dos jornalistas.

Rogério Alves admite “tensão” e “feridas fundas” no Sporting

O presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Sporting, Rogério Alves, reconheceu hoje que a reunião magna do clube teve momentos de “tensão” e que a passagem do ex-presidente Bruno de Carvalho deixou “feridas abertas” nos adeptos.

“É perfeitamente possível o exercício dos direitos e o antagonismo de opiniões. Alguns sintomas de maior agitação terão de ser dissipados à medida que a situação de base for serenando”, afirmou o dirigente, no Estádio José Alvalade, confessando que “não foi fácil” conduzir os trabalhos perante os episódios de contestação de sócios leais ao ex-líder.

Confrontado com as interpelações de Rui de Carvalho e Alexandra Carvalho, pai e irmã, respetivamente, do anterior presidente, Rogério Alves defendeu esses exemplos como uma demonstração de liberdade: “É um direito que lhes assiste estar presente e usar da palavra. Todos os que se inscreveram usaram a palavra e em todos os pontos do debate.”

Enfatizando a necessidade de percorrer um caminho rumo à unidade 'verde e branca' face às “feridas fundas”, o líder da AG não escondeu o seu otimismo para o futuro próximo: “Não vale a pena tentar esconder o que quer que seja, vivemos na época da revogação dos segredos. Quero acreditar que os sócios vão também aprender com o passado.”

(Notícia atualizada às 10:26 - declarações de Rogério Alves)