O Ministério Público pediu hoje a absolvição de Bruno de Carvalho, antigo presidente do Sporting, Nuno Mendes ‘Mustafá’ e Bruno Jacinto, acusados da autoria moral da invasão à Academia do Sporting, em Alcochete.

Na 36.ª sessão do julgamento, a Procuradora do Ministério Público, Fernanda Matias, entendeu que “não se fez prova de que os arguidos tenham incitado outros arguidos à prática de atos criminosos”.

Ainda durante a sessão, a procuradora do MP, Fernanda Matias, afirmou que não foi feita prova de que o então presidente do clube, Bruno de Carvalho, "tivesse dado diretivas ou, sequer, tivesse conhecimento destes atos".

Bruno de Carvalho, juntamente com Nuno Mendes, conhecido como ‘Mustafá’, líder da claque Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados da autoria moral de 40 crimes de ameaça gravada, 19 crimes de ofensas à integridade física qualificadas e por 38 crimes de sequestro.

O processo do ataque à Academia do clube, em Alcochete - onde, em 15 de maio de 2018, jogadores e equipa técnica do Sporting foram agredidos por adeptos ligados à claque ‘leonina' Juve Leo –, tem 44 arguidos, acusados de coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.

O julgamento foi retomado hoje com as alegações finais do Ministério Público, para as quais a juíza exigiu a presença dos 44 arguidos no tribunal de Monsanto.

Depois de uma paragem de quase duas semanas, o julgamento, que começou em 18 de novembro do ano passado, entra na fase de alegações, depois de, ao longo de 35 sessões, terem sido ouvidas 65 testemunhas de acusação e 90 de defesa.

Dos 44 arguidos do processo, 22 prestaram declarações, entre os quais Bruno de Carvalho, presidente do clube à data dos factos, Nuno Mendes, conhecido como ‘Mustafá’, líder da claque Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, acusados da autoria moral de 40 crimes de ameaça gravada, 19 crimes de ofensas à integridade física qualificadas e por 38 crimes de sequestro.

Os restantes 41 arguidos são acusados da coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.

Bruno de Carvalho foi o último dos arguidos que manifestaram intenção de falar em tribunal, a ser ouvido pelo coletivo de juízes, presidido por Sílvia Pires.

No dia em que foi ouvido o antigo presidente do Sporting, 28 de fevereiro, o tribunal decidiu retirar a medida de prisão preventiva imposta a ‘Mustafá’, desde maio de 2019, por fortes indícios de tráfico de droga.