"A gravidade do que aconteceu exige uma resposta ao mais alto nível", disse o presidente do clube, em declarações aos jornalistas, referindo-se às agressões verificadas no sábado no Dragão Caixa, por ocasião do jogo de hóquei em patins entre FC Porto e Sporting, e uma semana antes no recinto do Boavista, em jogo da I Liga de futebol.
"Vamos pedir com urgência uma audiência ao Governo. Vamos pedir reuniões com todos os presidentes das federações e ligas", anunciou Frederico Varandas, avançando logo de seguida que o clube vai propor "a formação de um Conselho Estratégico de Segurança no Desporto".
O líder 'leonino' confirmou que recebeu telefonemas a pedir desculpas por parte do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, bem como dos líderes da SAD e do clube 'axadrezados', Álvaro Braga Júnior e Vítor Murta, respetivamente, mas considerou que estes pedidos de desculpas são insuficientes perante a gravidade dos factos.
"Não chega um telefonema pessoal para o presidente a pedir desculpas. Não chega um pedido de desculpas envergonhado, quase em off, ao presidente do Sporting Clube de Portugal", afirmou.
"O que nós desejamos é que quem tutela as instituições e as organizações com responsabilidade no desporto tenha a mesma coragem do que nós e faça o que tem de fazer para defender o desporto, e não se preocupar tanto com mandatos ou eleições".
"São episódios de violência no desporto (...) que nós repudiamos, que nós combatemos e sobretudo que queremos que nunca mais se repitam", começou por dizer Varandas.
O presidente do SCP considera que "o que aconteceu não pode ser esquecido, não pode ser ignorado e muito menos tolerado".
Miguel Albuquerque, diretor-geral de modalidades do Sporting CP, disse que foi agredido no sábado, dia 16, “por uma pessoa com a camisola do FC Porto” no fim da primeira parte do jogo de hóquei em patins entre as duas equipas.
Para o FC Porto, a investigação realizada internamente e a comunicação do seu resultado à polícia deita “por terra a suspeita lançada” por Miguel Albuquerque “sobre um branqueamento deste incidente”, explicando que os responsáveis do clube tentaram “circunscrever e sanar o incidente”.
Uma semana antes, o clube de Alvalade tinha emitido um comunicado a denunciar agressões a um dos membros do Conselho Diretivo do Sporting CP e “o clima de intimidação criado por um grupo de cerca de 20 pessoas, algumas pertencentes aos órgãos sociais do Boavista”, sobre outros dois dirigentes ‘leoninos’.
Na mesma nota, este órgão dizia que vai agir “criminalmente contra Jorge Loureiro”, membro do Conselho Geral do Boavista, “pelas agressões contra um membro do Conselho Diretivo do SCP”, mas também participar à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a outras “entidades competentes”, pretendendo “a exclusão de Jorge Loureiro dos recintos desportivos de Portugal”.
*Com agência Lusa
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