“Parece-me incrível como, em 2019, haja a necessidade de escrever um editorial num jornal a apelar a mudanças radicais no desporto que amo. Porém, faço-o porque o problema do racismo no futebol é sério, profundo e está longe de estar solucionado”, Sterling escreveu no manifesto que foi assinado por grandes nomes do futebol e figuras políticas.
O jogador, de 24 anos, que se tornou uma figura proeminente na luta contra o racismo, nomeou vários episódios racistas que tiveram palco nos estádios de futebol, nos últimos meses, como, por exemplo, os insultos de que foi alvo no jogo entre o Chelsea e o Manchester City, o clube pelo qual alinha, e o tratamento que Moise Kean, jogador da Juventus, tem recebido em Itália.
“No entanto, isto é a ponta do icebergue e jogadores, adeptos e treinadores racistas estão a aparecer em todo o mundo. Todos os dias, desde os campos nos parques à Liga dos Campeões. As pessoas que gerem o desporto estão longe de fazer o suficiente para resolver o problema”, acrescentou Sterling, de origem jamaicana, que pede que se retirem nove pontos aos clubes em jogos do campeonato, no caso de insultos racistas.
Sterling tem 222 presenças na liga inglesa, somando até à data um total de 66 golos com a camisola do Manchester City. Nesta época, na Liga dos Campeões, competição da qual o clube já foi eliminado, marcou cinco golos em 10 jogos.
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