Ewoud Vromant, que tinha conseguido o melhor tempo na eliminatória com a marca de 3.30,290 minutos, um novo recorde mundial, foi desqualificado na sequência de um protesto por irregularidades na bicicleta.
Com a desqualificação do belga, Telmo Pinão, que concluiu a prova em 4.03,192, marca que lhe permitiu retirar mais de quatro segundos ao próprio recorde nacional (4.07,911) subiu do nono ao oitavo posto da classificação, garantindo assim um diploma.
Os quatro melhores classificados da eliminatória garantiram presença na luta pelas medalhas, com os dois primeiros a disputarem a medalha de ouro e o terceiro e quarto classificados a lutarem pelo bronze.
Durante a eliminatória, o recorde do mundo, que pertencia a Ewoud Vromant, foi batido três vezes, a última das quais pelo belga, cuja desqualificação anula a marca.
O novo recordista do mundo é o francês Alexandre Laute, que marcou 3.31,817, pouco depois de o japonês Shota Kawamoto ter cronometrado 3.36,117.
Diploma é "um rebuçadinho" que se junta ao recorde
O ciclista considerou que o diploma conquistado nos 3.000 metros de perseguição individual C dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 é “um rebuçadinho”, que se junta ao recorde nacional e que o deixa ainda mais feliz.
“Sinto-me feliz com o que fiz, o diploma é mais um rebuçadinho que me cai no colo assim de repente, mas tudo isto é fruto de um trabalho de anos e, sobretudo, desta época”, afirmou Pinão, pouco depois de ter subido do nono para o oitavo lugar, na sequência da desclassificação de um ciclista belga.
“Tirar aqui quatro segundos ao recorde nacional é muito bom, é perfeitamente divinal”, disse o ciclista, de 41 anos, admitindo que se antes da prova lhe dissessem que iria melhorar a marca em um segundo “já ficava muito contente”.
Pinão, que se tornou no primeiro ciclista português a competir na variante de pista em Jogos Paralímpicos, afirmou que “não é fácil retirar tanto tempo ao recorde nacional” e lembrou que desde 2019 que não treina em pista.
O ciclista natural de Coimbra disse que se inscreveu na prova de pista “à última hora”, reconhecendo como “ótimo” o resultado conseguido hoje no Velódromo de Izu e fruto de um trabalho de 12 anos, que se intensificou nos últimos sete.
“Ando aqui há 12 anos, mas só em 2014 comecei no Alto Rendimento. É ótimo, sinto que mereço este lugar”, afirmou o ciclista, que não tem parte da perna esquerda.
Comentários