“Naomi Osaka escolheu hoje (domingo) não cumprir as suas obrigações contratuais em relação à imprensa. A supervisão de Roland Garros multou-a em 15.000 dólares (…). Advertimos Naomi Osaka que caso continue a recusar as suas obrigações mediáticas neste torneio, arrisca sanções mais duras, entre as quais a exclusão do torneio”, avisou a organização em comunicado.
O comportamento de não comparecer à conferência de imprensa, após vencer hoje, na estreia, a romena Patrícia Maria Tig, por 6-4 e 7-6 (7-4), seguiu-se ao anúncio feito pela tenista ainda na quarta-feira, informando que não falaria à imprensa.
A tenista, número dois mundial, explicou a decisão nas suas redes sociais, justificando que os atletas são muitas vezes questionados nas conferências de imprensa com perguntas que já foram feitas várias vezes e que os fazem duvidar de si próprios.
“Não me vou sujeitar a pessoas que duvidam de mim. Já vi muitas vezes atletas irem-se abaixo, após uma conferência de imprensa a seguir a uma derrota. Penso que isso é como pontapear alguém que já está no chão, e não entendo a razão disso”, justificou.
Ainda no comunicado, também subscrito pelos responsáveis dos outros Grand Slam, de Wimbledon, da Austrália e dos Estados Unidos, a organização do torneio parisiense pediu à tenista para rever a sua posição e revelou ter tentado, sem sucesso, falar com Naomi Osaka sobre o tema da saúde mental.
“Depois desse anúncio, a equipa de Roland Garros pediu para que ela reconsiderasse a sua posição e tentou, sem sucesso, saber do seu bem-estar, entender a especificidade do problema e como resolvê-lo no local”, refere o comunicado.
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