O lisboeta, de 32 anos, garantiu o estatuto de número um nacional com uma vitória na segunda ronda do ‘challenger’ 3 de Oeiras, frente ao holandês Botic Van de Zandschulp, por 6-3 e 6-2, destronando o vimaranense, que havia perdido na ronda inaugural em Lyon diante o polaco Kamil Majchrzak, pelos parciais de 6-3 e 7-6 (10-8).

Apesar de ter superado dois encontros do ‘qualifying’, o minhoto não conseguiu manter-se como o melhor tenista nacional classificado no ranking ATP, estatuto que detinha desde 10 de setembro de 2012, e desceu ao 113.º lugar da tabela, enquanto Pedro Sousa permaneceu no 111.º.

“Não muda em nada a minha vida e não era um dos grandes objetivos que tinha para a minha carreira. Não me fez grande diferença até agora. Se calhar, por estar a passar uma fase não tão boa, não dou muito valor a essa situação”, comentou o atleta do Club Internacional de Foot-ball, em declarações à Lusa.

Além de assegurar que “preferia estar a número dois, como em outras épocas, a jogar a bom nível e a fazer bons resultados”, Pedro Sousa confessa não sentir “maior responsabilidade”, até porque “o mais importante é voltar ao nível dos últimos anos, sobretudo do ano passado”, e é com isso que diz estar “preocupado”.

“Sinto que não tenho nada a provar a ninguém, seja como número um, dois ou três. Tenho de dar o meu melhor e tentar fazer as coisas o melhor possível e essa responsabilidade não é fácil. Sei que, às vezes, cometo erros, mas essa responsabilidade existe sempre, mesmo não sendo número um”, frisa, lamentar só não ter alcançado tal feito “na semana em que o João [Sousa] teve o seu melhor ranking, porque assim já teria sido ‘top-30’”.

Numa época em que regista apenas seis encontros vencidos, Sousa contraiu uma lesão no pé esquerdo em Córdoba, no final de fevereiro, que o fez renunciar ao torneio de Buenos Aires, desistir na primeira ronda do ‘challenger’ de Split e de disputar o ATP 250 de Belgrado.

Em 2020, em contrapartida, Pedro Sousa disputou a primeira final de um torneio ATP, em Buenos Aires, com o norueguês Casper Ruud, jogou duas finais do ATP Challenger Tour, em Split e no Lisboa Belém Open, e conquistou o título do ‘challenger’ da Maia.

Pedro Sousa tem como melhor posição no ranking mundial o 99.º lugar, em fevereiro de 2019, enquanto João Sousa foi 28.º em maio de 2016.