A duas provas de terminar o Campeonato do Mundo de Ralis, (WRC), o piloto belga, de 36 anos, tem uma vantagem de 29 pontos face ao mais direto perseguidor, o companheiro de equipa Ott Tänak (Hyundai i20), campeão do mundo em 2019.
Na luta ainda estão, matematicamente, o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), com 41 pontos de atraso, e o britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris), com 46.
Desta forma, a Neuville basta ganhar dois pontos ao estónio e não perder mais de 10 para Ogier e mais de 15 para Evans para chegar à última prova da temporada, no Japão, já virtual campeão.
“O principal objetivo é gerir a vantagem no campeonato e somarmos o maior número de pontos possível. Claro que gostaríamos de conquistar já o título, mas o principal objetivo será ter um desempenho consistente”, sublinhou Neuville, que está na Hyundai desde 2014.
Já o segundo classificado, o estónio Ott Tänak, sublinha que o objetivo é “fazer um bom resultado para colocar pressão sobre os adversários”.
Com o novo sistema de pontuação que este ano entrou em vigor, no final do dia de sábado são atribuídos 18 pontos ao mais rápido, 15 ao segundo e 13 ao terceiro, havendo pontos até ao 10.º classificado.
Contudo, esses pontos só se efetivam caso os pilotos terminem o rali, no domingo.
Ora, também o dia de domingo pontua de forma independente, com sete, seis, cinco, quatro, três, dois e um ponto para os sete mais rápidos, respetivamente.
A somar a estes, há ainda 15 pontos distribuídos aos cinco mais rápidos na última especial da prova, a power stage (cinco, quatro, três, dois e um ponto, respetivamente).
Ou seja, muitas variações para todos os cenários se tornarem facilmente percetíveis.
O que é certo é que o piloto belga, que conta com 21 triunfos no Mundial de Ralis, dois deles esta temporada (em Monte Carlo e na Grécia), parte como principal favorito à conquista do título.
A seu favor, além da liderança folgada no campeonato, tem o facto de ter vencido esta prova, há um ano, na estreia do Rali do Centro Europeu no Mundial, e de ser, tradicionalmente, mais forte em pisos de asfalto do que na terra.
Em caso de vitória, dado o sistema atualmente em vigor, pode até nem ser o mais pontuado no final do rali (já aconteceu este ano em Portugal, com o vencedor da prova, Sébastien Ogier, a somar 24 pontos contra os 26 de Tänak, que foi segundo).
Por isso, se Thierry Neuville terminar a prova disputada na Alemanha, Áustria e República Checa com mais dois pontos do que o estónio e andar regularmente nos três primeiros lugares, poderá festejar desde já.
Até ao momento, o pior resultado foi na Letónia, onde fez apenas nove pontos, após terminar a prova na oitava posição (somou três pontos no sábado, três no domingo e três na power stage).
O Rali do Centro Europeu arranca na quinta-feira, com 14 quilómetros cronometrados divididos por duas especiais.
Na sexta-feira, disputam-se mais seis troços, com um total de 110 quilómetros cronometrados.
O dia de sábado terá seis troços, divididos por 123 quilómetros na Alemanha e na Áustria. A prova termina no domingo, com mais quatro especiais e 54 quilómetros cronometrados.
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