“A juíza recusa o recurso apresentado pelo advogado do futebolista contra o auto de prisão do passado dia 22 de fevereiro por entender que persiste o risco para a integridade da vítima, que supostamente reteve na sua casa de Bétera, golpeou e ameaçou com uma arma...”, segundo comunicado do Tribunal Superior de Justiça da Comunidade Valenciana.
O tribunal “não acredita na versão do jogador” que está a ser investigado por suposta tentativa de homicídio, agressões, ameaças, detenção ilegal, posse ilegal de armas e roubo com violência.
A magistrada considera que a saída da prisão seria uma medida “insuficiente” e recusa os argumentos apresentados no recurso, acrescentando que “não dá crédito” à explicação dada pelo desportista nesta quinta-feira, numa declaração feita voluntariamente através de uma videoconferência a partir da prisão em que se encontra.
Na resolução, a juíza explica que “a gravidade dos atos, o emprego de armas de fogo e o facto de que, depois da sua atuação, o Sr. Semedo se tenha vangloriado inclusivamente do que fez, mostrando imagens gravadas e manifestando a intenção de atentar contra a vida da vítima ‘se esta não lhe pagasse o resto’ da divida, implicam a apreciação de um evidente risco para a integridade” da vítima e das pessoas à sua volta.
A magistrada adianta que há “outras circunstâncias” para manter o futebolista preso e destaca que o grau de perigosidade do investigado não pode ser desvalorizado apenas pelo facto de não ter antecedentes penais, como defende a sua defesa.
Depois desta decisão, a situação de Rúben Semedo será apreciada pela Audiência Provincial, um tribunal superior ao que o está a julgar, onde a defesa apresentou também um recurso.
O futebolista português, internacional sub-21 que joga no Villarreal, foi detido em 19 de fevereiro último e é suspeito de ter, juntamente com outras duas pessoas, sequestrado um homem, a quem, sob ameaça com uma pistola, retiraram as chaves do apartamento, de onde roubaram dinheiro e objetos.
Última atualização às 15:45
Comentários