Na conferência de imprensa após o triunfo caseiro dos vimaranenses sobre o Marítimo (1-0), em partida da 33.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizada neste domingo, o técnico confirmou a saída, após não ter sido garantido o objetivo de apuramento para a Liga Europa da próxima época, já que a equipa ocupa o sétimo lugar, com 49 pontos, e não pode almejar a melhor posição.

"A minha intenção foi ficar muitos anos no Vitória. Qualquer trabalhador trabalha para dar continuidade [a um projeto]. Mas tem de se respeitar aquilo que se quer para o futuro do clube. Se o principal objetivo da época não foi conseguido, acho perfeitamente normal a ligação entre as pessoas [administração da SAD do Vitória e treinador] acabar", justificou.

Ivo Vieira assinou, em junho de 2019, um contrato de uma época com o Vitória, após ter conseguido a melhor classificação de sempre pelo Moreirense na temporada anterior, o sexto lugar, e assumiu o "desalento" por ter falhado o objetivo mínimo traçado para o campeonato: o quinto lugar.

"Todos nós temos deceções no nosso percurso. Há gente que tem o objetivo de ser campeão e falha. Há gente que tem o objetivo de ir à Europa e falha. Infelizmente, somos um desses casos. Não utilizava a palavra frustração, que é muito forte, para descrever a época, mas há desalento pelo que aconteceu", admitiu.

Com uma carreira que, na I Liga, inclui ainda passagens pelo Nacional, pelo Marítimo e pelo Estoril Praia, além do Moreirense, o treinador, de 44 anos, vincou que a época ao serviço do Vitória de Guimarães foi a "mais exigente" da carreira e aquela em que mais "cresceu" como "homem e treinador".

"Aprendi muito, porque senti sempre que os adeptos vitorianos quiseram sempre o meu melhor e que eu crescesse, independentemente das críticas que possa ter sentido. Levo uma aprendizagem para a vida. Cresci imenso como homem e como treinador. Sinto, na cidade e no trato com as pessoas, que sempre quiseram o meu sucesso", reiterou.