“Se querem bom espetáculo, então que possam dar condições para ter um bom espetáculo. (...) Ninguém está satisfeito com as condições desta etapa, porque na minha opinião não se usa este tipo de percursos”, explicou o famalicense, um de quatro corredores da Sporting-Tavira envolvidos na queda.
A queda aconteceu a sete quilómetros do final, quando as equipas já se preparavam para uma chegada em pelotão compacto a Lagos, e afetou uma grande parte do grupo.
Além de afastar vários ‘sprinters’ da discussão da vitória, uma série de candidatos à vitória final perderam tempo em relação ao grupo que terminou com o mesmo tempo do vencedor, o holandês Fabio Jakobsen (Deceuninck-Quick Step).
Em 2018, o terceiro classificado na ‘Algarvia’ de 2015 perdeu cerca de 10 minutos numa queda, também na tirada inaugural, e comentou a falta de motivação que estas situações provocam.
“Depois, o sofrimento numa subida já não é o mesmo, porque já estamos arredados de tudo [nas classificações gerais]”, atirou.
Machado terminou a tirada no 75.º posto, a 1.35 minutos do vencedor, enquanto José Gonçalves (Katusha-Alpecin), que disse após o término “não ter hipótese” se não ser apanhado pela queda, numa fase em que “já se faziam os comboios” para o ‘sprint’ final, perdeu mais de seis minutos.
No final, a queda ‘cobrou’ ao pelotão a primeira desistência, com o irlandês Edward Dunbar (Sky) a reduzir para 167 o contingente em prova, ainda que outros atletas tenham sido levados para o hospital após o final da tirada.
A primeira etapa da Volta ao Algarve, a mais longa da 45.ª edição, com 199,1 quilómetros, ligou Portimão a Lagos, sendo que Jakobsen vai sair de Almodôvar na quinta-feira, na segunda etapa, com a camisola amarela, de líder da classificação geral.
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