A tripulação de Bekking com bandeira holandesa chegou ao primeiro lugar no dia 1º de maio, após sair dos Doldrums e até agora conseguiu defender a sua posição apesar dos ataques dos seus adversários. Doze dias decorridos, nesta etapa de 5.600 milhas desde Itajaí no Brasil, com as equipas a usufruir de excelentes condições proporcionadas pelos ventos alísios. Agora com menos intensidade, o que significa que as 11 milhas que o Brunel tem vantagem, podem não chegar.

Bekking, disse que sua equipa estava a aproveitar ao máximo as condições ideais enquanto estas durarem.“Estamo-nos a esforçar ao máximo", disse o veterano da Volvo Ocean Race. “Sabemos que temos menos pressão em relação aos barcos que vêm atrás de nós, o que é muito irritante, mas um facto com o qual temos que conviver. O Andrew Cape, nosso navegador, está à sua maneira descontraído, mas pode ver-se e sentir-se que é um jogo em aberto. Ele faz não sei quantas simulações para todas as rotas possíveis daqui até Newport, e estamos a estudá-las com o Pete (Burling) também. Dois fatores muito importantes são o sistema de alta pressão a leste das Bermudas e a Corrente do Golfo, que vai da Flórida em direção a nordeste, em direção à Europa”.

A cerca de 25 milhas a sudeste do Brunel, o Turn the Tide on Plastic, de Dee Caffari, saiu das posições do pódio depois de apanhar uma zone com pouco vento. Quando as equipas estavam ao lado de Porto Rico, o Vestas 11th Hour Racing conseguiu ultrapassar o barco português, e passar para a terceira posição. "Três relatórios de posição decepcionantes seguidos são frustrantes e podem-nos deitar abaixo", disse Caffari. “No entanto, vamos ainda dar mais luta, só precisamos que essas nuvens de chuva saibam…”.

“Nós só podemos navegar nas condições que temos e estamos a trabalhar muito, mas parece que as nuvens dos outros são mais fáceis do que as nossas, isto faz com que eles estejam a andar para a frente e nós a recuar! Se não são os altos e baixos e os saltos do vento, temos o sargaço. Os lemes fim sem  um fluxo de água suave e perdem aderência, por isso o barco a rodar não é rápido. Nós ainda temos mais dois dias desta auto-estrada, depois o vento vai começar  a diminuir antes de mudar de rumo. Depois vamos ter muitas mudanças de velas e manobras".

A leste dos líderes, o MAPFRE e o AkzoNobel estão numa grande luta pelo quinto lugar, a cerca de 45 milhas do primeiro. Entretanto, o Team Sun Hung Kai / Scallywag, sétimo classificado, recuperou milhas em relação aos líderes, fizeram a melhor distância em 24 horas da frota, com 513 milhas.

O tripulante do Scallywag, Pete Cumming, que compete na sua primeira etapa da Volvo Ocean Race, disse que a tripulação não perdeu a esperança de apanhar os seus adversários, apesar de um atraso de 181 milhas. "Ainda acreditamos que vai ser próximo do final", disse ele. "Haverá uma transição perto do fim e as nossas previsões põem-nos poucas horas atrás dos primeiros".

8ª etapa - Classificação às 16:00 UTC - 4 de maio de 2018

  1. Brunel (Bouwe Bekking) 1400,64 milhas para o final.
  2. Dongfeng (Charles Caudrelier) + 7,20 milhas
  3. Vestas 11th Hour Racing (Charlie Enright) + 14,26 milhas
  4. Turn the Tide on Plastic (Dee Caffari) + 21,15 milhas
  5. MAPFRE (Xabi Fernandez) + 45,00 milhas
  6. 6. AkzoNobel (Simeon Tienpont) + 45,20 milhas
  7. 7. Sun Hung Kai/Scallywag (David Witt) + 178,20 milhas