Volvo Ocean Race não é se limita a ser uma regata à volta do mundo. Para além da competição, das adversidades e do teste aos limites em condições extremas nos oceanos, as sete equipas que participam nesta viagem de circum-navegação procuram contribuir igualmente para um melhor e mais completo conhecimento oceanográfico.

Quando a frota se aproximava 3°N do Equador durante a etapa 6 (Hong-Kong-Auckland), a caminho da Nova Zelândia, as tripulações dos Volvo Ocean 65 lançaram boias ao mar com intuito de recolherem dados que ajudarão os cientistas a compreender o funcionamento do oceano. Em especial nas regiões equatoriais, onde há ainda escassa informação científica.

“Estas boias são uma parte importante do Programa Cientifico (da VOR)”, sublinhou Dee Caffari, skipper da Turn the Tide on Plastic, equipa com bandeira portuguesa (Fundação Mirpuri) que participa na edição 2017-2018 da regata à volta do mundo. “A sonda é ativada assim que atinge a água, transmitindo dados sobre o swell, velocidade do vento, correntes, temperatura da água e contribui para um melhor conhecimento como o planeta azul impacta nos padrões meteorológicos”, referiu.

Alertando para os impactos “desde a acidificação dos oceanos, aumento da temperatura e poluição provocada pelos plásticos”, através desta ações levada a cabo pelas tripulações durante a regata “estamos a promover a consciencialização sobre o problema e explorar soluções”, em especial “na poluição provocada pelo plástico”, acrescentou Anne-Cecile Turner, do Programa de Sustentabilidade da Volvo Ocean Race.

No total, e ao longo de quatro etapas, cada uma das tripulações lançou ao mar 28 bóias, bóias essas que permanecem à deriva. A informação, transmitida em tempo real, é usada pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA - National Oceanic and Atmospheric Administration), organização intergovernamental integrada no Departamento de Comércio dos Estados Unidos, ajudando à melhoria nas previsões marítimas e, em especial, de tempestades.

“A Volvo Ocean Race está a fornecer dados inestimáveis de alguns dos mais isolados lugares no mundo e que nos está a ajudar a melhor o conhecimento oceanográfico”, sustentou Rick Lumpkin, diretor do Global Drifter Program, departamento da NOAA sedeado em Miami. Os dados serão “usados por especialistas espalhados pelo mundo para melhor compreenderem os oceanos e qualquer mudança meteorológica”, finalizou.

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