Num comunicado que antecede a divulgação da síntese de execução orçamental da Direção-Geral de Orçamento (DGO), as Finanças justificam a melhoria pelo “crescimento da receita (6,8%) superior ao da despesa (4,7%)”.

Já o excedente primário (que exclui os encargos com a dívida pública) foi de 1.225 milhões de euros em janeiro, mais 410 milhões de euros face ao mesmo mês de 2017.

O ministério liderado por Mário Centeno recorda, contudo, que esta execução orçamental se refere apenas ao mês de janeiro, “pelo que é ainda pouco representativa para o conjunto do ano”.

Quanto à receita, o Governo diz que esta se comportou em janeiro em linha com a “evolução favorável da atividade económica e emprego”, com a receita fiscal do subsetor Estado a crescer 8,7%.

Já a “receita de IVA aumentou 7,3%, acompanhada pelo crescimento no IRS e IRC”, diz o Ministério das Finanças, acrescentando que a receita “beneficiou ainda do comportamento do mercado de trabalho, visível no crescimento de 8,6% das contribuições para a Segurança Social”.

Quanto à despesa, as Finanças referem que ainda não reflete o impacto “integral” do descongelamento das carreiras e do fim do pagamento do subsídio de natal em duodécimos e que o “início da implementação do novo referencial contabilístico (…) dificulta adicionalmente a comparação com o período homólogo, em especial no reporte relativo ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

O Governo destaca ainda que o investimento público “registou um crescimento de 35% (excluindo Parcerias Público-Privadas - PPP), bem como no setor da Saúde”, o que diz que levou a um forte crescimento da despesa do SNS de 4,7%”.

Por fim, as Finanças destacam a redução homóloga em 73 milhões de euros da dívida não financeira das administrações públicas (que inclui os pagamentos em atraso).

Contudo, os pagamentos em atraso aumentaram 276 milhões de euros em janeiro face ao período homólogo.

[Notícia atualizada às 19:36]