“Para a economia portuguesa continuar a crescer […] temos que apostar na diversificação de todos os setores e o vinho é, claramente, uma grande oportunidade”, disse António Costa, que falava aos jornalistas durante a vista à feira ProWein, em Dusseldorf.

De acordo com o governante, nos últimos 20 anos, a qualidade do vinho português “mudou radicalmente”, sendo que, atualmente, “temos em todas as regiões do país” vinho de grande qualidade.

“É essa a descoberta que nós já fizemos e que o mundo está [agora] a fazer”, vincou.

Para o líder do Governo, esta é “uma grande oportunidade de crescimento” das exportações de vinho para o mercado global, sublinhando que os importadores têm demonstrado cada vez mais interesse nos produtos portugueses.

“Com um mercado onde os clientes procuram, cada vez mais, produtos diferenciados, nós temos aqui uma oportunidade que a ViniPortugal tem estado a aproveitar”, afirmou.

O primeiro-ministro agradeceu “o trabalho que os produtores, os enólogos e os agricultores têm feito para o desenvolvimento do setor” do vinho.

“O ano passado exportamos na área do vinho cerca de 803 milhões de euros e a ViniPortugal e os produtores têm a meta de chegar aos mil milhões em 2020”, indicou o primeiro-ministro.

Durante a visita ao evento, António Costa notou ainda que as “alterações climáticas são um desafio global para o conjunto da humanidade”, acrescentando que o desenvolvimento da agricultura, a boa gestão da agricultura, é essencial para amenizar, travar, condicionar essa dinâmica”.

A ProWein, a maior feira de vinhos da Europa, que decorre entre hoje e terça-feira, conta com a presença mais de 390 produtores portugueses, 150 dos quais no 'stand' da ViniPortugal - associação interprofissional para a promoção internacional dos vinhos de Portugal.

Para além deste, estão também no certame 'stands' das várias regiões vitivinícolas nacionais – Vinho Verde, Porto e Douro, Tejo, Alentejo, Beira Interior e Bairrada.

No ano passado o evento teve 60 mil visitantes.

Exportações agroalimentares pesam quase tanto quanto as do calçado e têxtil

“Hoje o conjunto das exportações da indústria agroalimentar já se aproxima dos sete mil milhões de euros, significa que sozinho tem quase o volume do têxtil e do calçado no seu conjunto”, disse António Costa.

Para o governante, esta é “uma área de grande modernização, de grande progresso e de grande potencial” para a autonomia alimentar de Portugal, mas também “para um bom ordenamento do território e para a valorização de regiões do país onde é necessário fazermos um esforço de coesão territorial”.

António Costa destacou ainda que o setor agroalimentar foi “onde mais empresas se criaram em Portugal no ano passado e onde os salários têm, em média, um maior aumento”.

O líder do governo sublinhou que o trabalho do setor agrícola “é fundamental” para o futuro do país, com destaque para a economia.

“A economia tem ciclos e, portanto, quando há algum arrefecimento global, o que temos que fazer é aquecer os nossos motores e fazer um esforço mais acrescido”, notou.

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