A informação, divulgada pelo Ministério das Finanças, indica que, depois de “concluído com sucesso o processo de avaliação (“fit and proper”) por parte do Banco Central Europeu, na sequência da proposta remetida em 29 de julho de 2021 ao Banco de Portugal, o Governo decidiu eleger o novo Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para o mandato 2021-2024”.

De acordo com a tutela, “a nova composição do Conselho de Administração da CGD assenta numa estratégia de continuidade, com alguns elementos de renovação, nomeadamente o ‘chairman' [presidente do Conselho de Administração], com vista a salvaguardar a estabilidade da gestão e a prossecução dos bons resultados nos próximos anos”.

As Finanças realçam que “a escolha dos novos administradores ou a sua recondução pautou-se por critérios de competência, elevado sentido de interesse público, independência e valores éticos”.

Segundo o comunicado, a nova composição do Conselho de Administração da CGD é então liderada pelo presidente do Conselho de Administração (não executivo), António Farinha Morais, que substitui Emílio Rui Vilar, pelo vice-presidente e presidente da Comissão Executiva, Paulo Macedo, e pelos vogais executivos José João Guilherme, Francisco Ravara Cary, João Paulo Tudela Martins, Maria João Carioca, Nuno Alexandre de Carvalho Martins, Madalena Rocheta de Carvalho Talone e Maria Manuela Martins Ferreira.

Foram ainda eleitos o vogal não executivo e presidente da Comissão de Auditoria, António Alberto Henrique Assis, e os vogais não executivos e vogais da Comissão de Auditoria, José António da Silva Brito, Maria del Carmen Gil Marín e Maria João Martins Ferreira Major.

Por fim, foram escolhidos os vogais não executivos Arlindo Manuel Limede de Oliveira, Hans-Helmut Kotz, Luís Filipe Coimbra Nazaret e Monique Eugénie Hemerijck.

Segundo o comunicado das Finanças, “nos últimos anos, a CGD regressou a níveis de rendibilidade que permitiram iniciar a retribuição aos portugueses do esforço de recapitalização, com o pagamento, já este ano, de um dividendo extraordinário de 300 milhões de euros”.

Além disso, “a CGD aumentou os seus rácios de capital, tendo hoje rácios superiores à média em Portugal e noutros Estados-membros da União Europeia, e que lhe permite enfrentar a situação pandémica em melhor posição com pares nacionais e europeus”.

“Estou confiante de que o novo Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos assegurará com o maior sucesso a estabilidade financeira da instituição, contribuindo para solidez do nosso sistema financeiro, para a promoção da poupança, para a competitividade da nossa economia, através do financiamento das empresas e das famílias”, disse o ministro das Finanças, João Leão, citado na mesma nota.

O ministro agradece a Emílio Rui Vilar, até agora presidente do Conselho de Administração, “o papel fundamental que desempenhou neste último mandato para o sucesso obtido pela CGD, nomeadamente a conclusão do processo de reestruturação”.