A procuradoria procura irregularidades cometidas por reguladores, governantes e executivos dos dois bancos nesta aquisição, cujo objetivo foi assegurar estabilidade do sistema financeiro do país, escreve a Reuters.

O grande banco que nasce da união do UBS com o Credit Suisse pode colocar problemas de concorrência na Suíça devido à sua dimensão, admitiu o presidente do banco central suíço, mas não havia outra solução à vista, defendeu.

Entretanto, a entidade reguladora do setor financeiro suíço, Finma, admitiu que está a analisar a possibilidade de responsabilizar os administradores do Credit Suisse, por erros de gestão que levaram à derrocada do banco.

Depois da perda de confiança no Credit Suisse, o Ministério das Finanças suíço, o banco central e o regulador de mercados (FINMA) envolveram-se numa corrida contra o tempo para encontrar uma solução antes da abertura dos mercados asiáticos.

A prioridade do banco central era “manter a estabilidade financeira” e evitar uma crise financeira muito mais grave que poderia afetar “de imediato” a Suíça e também o sistema financeiro internacional, precisou o presidente do banco central.

A dimensão do banco que surge da fusão vai criar “uma nova situação”, precisou Jordan, explicando que o banco central e as autoridades de regulação terão de aprender a “geri-la”.

“Devemos garantir que no futuro haverá concorrência suficiente na Suíça para fornecer serviços bancários”, afirmou, ao mesmo tempo que repetia que o sistema bancário suíço é “robusto” e “resiliente”.

A nível mundial, a UBS torna-se assim num “gigante” sem igual na gestão de fortunas. O UBS já era o ‘número um mundial’ na gestão de fortunas, enquanto o Credit Suisse disputava com o norte-americano Morgan Stanley o segundo lugar nesta matéria.

Com a fusão, o UBS passa a estar à frente de mais de cinco biliões de dólares (4,59 biliões de euros) de ativos investidos.

*Com Lusa