A procura pelo sucessor de Malpass, que abandona o cargo a 30 de junho, vai prolongar-se até 29 de março, indicou, em comunicado divulgado na quarta-feira.
Uma lista restrita de até três candidatos será então publicada “antes das entrevistas formais (…) conduzidas pelos diretores executivos, enquanto se aguarda a seleção do novo presidente no início de maio”, de acordo com a mesma nota.
O BM disse “encorajar fortemente as candidaturas de mulheres”. O Financial Times adianta que entre as hipóteses está Mafalda Duarte, a portuguesa que atualmente chefia o fundo de investimento climático do Banco Mundial.
"Duarte está bem posicionada para enfrentar um dos desafios mais importantes do Banco Mundial: como intensificar os seus esforços para mitigar a ameaça do aquecimento global. O trabalho Duarte envolveu o fornecimento de financiamento a países em desenvolvimento, que são o foco do Banco Mundial. Esta trabalhou em instituições de crédito multilaterais, incluindo o próprio Banco Mundial", descreve o jornal.
O Financial Times avança ainda com os nomes de Samantha Power, ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas e agora líder da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional; Gayle Smith, ex-administradora da Agência Norte-americana para o Desenvolvimento Internacional; Raj Shah, presidente da Fundação Rockefeller e Ngozi Okonjo-Iweala, economista e especialista em desenvolvimento internacional, diretora-geral na Organização Mundial do Comércio.
Os candidatos ao cargo devem ter “experiência comprovada de liderança”, “experiência na gestão de grandes organizações” e “um forte empenho na cooperação multilateral”.
Uma regra não escrita tem historicamente dado a liderança do BM a um norte-americano e a do Fundo Monetário Internacional (FMI) a um europeu.
David Malpass, de 66 anos, antigo responsável do Tesouro dos Estados Unidos, tinha assumido o cargo em abril de 2019, por sugestão do ex-Presidente norte-americano Donald Trump. Acabou por anunciar inesperadamente a demissão a 15 de fevereiro, um ano antes do fim do mandato.
Embora as razões da saída não tivessem sido especificadas, o líder do BM foi alvo de críticas pela falta de iniciativa nas questões climáticas.
*Com Lusa
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