Até agora, o maior saldo positivo na diferença entre exportações e importações da maior economia da América Latina tinha sido registado em 2021, quando o país obteve um ‘superavit’ comercial de 61.406 milhões de dólares.

Segundo dados divulgados pelo Governo, as exportações brasileiras aumentaram 19,3% no ano passado, para um recorde de 335,007 milhões de dólares em 2022, enquanto as importações cresceram 24,3%, para 272,697,2 milhões de dólares.

Só em dezembro, o ‘superavit’ da balança comercial brasileira foi de 4.779 milhões de dólares, com aumento de 24,5% em relação ao mesmo mês de 2021, resultado da diferença entre exportações de 26,645 milhões de dólares e importações de 21,865 milhões de dólares.

Enquanto as exportações do setor industrial cresceram 26,2%, para 181,870 milhões de dólares em 2022, praticamente metade de todas as vendas externas do país, as do setor agrícola aumentaram 36,1%, para 75,050 milhões de dólares.

Por outro lado, as exportações do setor extrativo (mineração) caíram 4,6%, para 76.330 milhões de dólares, apesar do aumento dos preços de matérias-primas, como ferro e petróleo, dois dos principais produtos na lista exportadora do Brasil.

Por destino, as vendas para a China, principal parceiro comercial do Brasil, subiram 1,5%, para 91,26 biliões de dólares no ano passado.

Na lista dos principais destinos das exportações brasileiras, seguiram-se a União Europeia, com vendas de 51 mil milhões de dólares, 39,6% acima das de 2021, e os Estados Unidos, com 37.430 milhões de dólares, 20,2%.

A Argentina confirmou-se como o quarto maior parceiro comercial do Brasil e recebendo 15.360 milhões de dólares das exportações brasileiras no ano passado, valor superior em 29,3% ao de 2021.

Em relação às importações, em 2022, o setor industrial realizou compras no exterior no valor de 242.630 milhões de dólares, com um crescimento de 22,9% em relação ao ano anterior.

As importações da indústria extrativa totalizaram 22.050 milhões de dólares, com um aumento de 69,8% e as do setor agrícola 5.700 milhões de dólares, 6,3% superiores.

A China foi a principal origem das importações brasileiras, com 61,5 mil milhões de dólares, seguida dos Estados Unidos (51,31 mil milhões de dólares), da União Europeia (44,26 mil milhões de dólares) e da Argentina (13,1 mil milhões de dólares).