Na 8.ª reunião do grupo, que terá lugar em Pangim, capital do Eestado de Goa, no oeste do país, vão marcar presença os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, da África do Sul, Jacob Zuma, e do Brasil, Michel Temer, para além do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
Os BRICS “enfatizam a importância de promover uma economia global inovadora, forte, interconectada e inclusiva para conduzir-nos a uma nova era de crescimento global e desenvolvimento sustentável”, segundo um documento comum divulgado no mês passado, em antecipação da reunião deste fim de semana.
Na semana passada, o encarregado de assuntos económicos da diplomacia indiana, Amar Sinha, destacou que a reunião servirá para debater “as perspetivas de crescimento global e o papel dos BRICS para liderar este crescimento”.
Os países devem ainda discutir alternativas que permitam facilitar o comércio entre si.
O grupo dos BRICS – formado para contrabalançar o Ocidente na gestão dos assuntos mundiais – reúne 43% da população mundial e responde por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, para além de movimentar 17% do comércio global.
Porém, atualmente, apenas a Índia se pode orgulhar do seu desempenho económico, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a prever um crescimento de 7,6% em 2016/2017, equivalente ao exercício financeiro anterior.
A Rússia e Brasil estão em recessão, enquanto a China, que já foi a locomotiva do crescimento mundial, tem visto o seu crescimento abrandar seriamente.
Já a perspetiva para a África do Sul é de um crescimento de 1,1% em 2017, o mais lento desde a crise de 2009.
Segundo Amar Sinha, as alterações climáticas e a segurança regional também estarão em cima da mesa de discussão.
“O terrorismo internacional e o processo de paz na Síria” serão abordados, informou a Rússia, em comunicado, numa altura em que Moscovo tem sido amplamente criticada pela comunidade internacional pelos seus ataques aéreos de apoio ao regime de Bashar al-Assad.
Num fim de semana, onde deverão também ocorrer vários encontros bilaterais, Michel Temer procurará reforçar o comércio entre o Brasil e os restantes países do grupo, numa tentativa de ajudar o país a sair de uma recessão profunda.
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