A proposta de totais admissíveis de capturas (TAC) hoje apresentadas para o Atlântico e Mar do Norte incluem unidades populacionais (‘stocks’) sujeitas a negociações com países terceiros, como o Reino Unido e a Noruega, mas sem indicação de valores.

Em 13 ‘stocks’ de peixe, Bruxelas, com base em pareceres científicos, propõe cortes para os TAC de 2021, incluindo a solha (-44%), o linguado (-42%), a pescada e o tamboril em águas portuguesas (-13% cada).

Também as unidades populacionais de juliana (-20%) e areeiro (-11%) sofrem uma redução na proposta de capturas do próximo ano.

As capturas globais de carapau podem aumentar 5%, cabendo a Portugal fixar os números para as regiões autónomas dos Açores e Madeira.

As negociações sobre o futuro acordo comercial – incluindo o acesso dos navios pesqueiros da UE às suas águas – prosseguem com o Reino Unido e há ainda que chegar a um consenso com a Noruega.

Para além dos países que pescam em águas britânicas, também Portugal tem interesse num acordo que abranja o Reino Unido e também a Noruega, por causa das capturas de bacalhau.

Diretamente, Portugal não tem qualquer quota de pesca em águas do Reino Unido.

A proposta da Comissão Europeia será debatida pelos ministros das Pescas da UE em 15 e 16 de dezembro.