“Os candidatos óbvios para este filtro geopolítico são a China e a Rússia”, disse, em conferência de imprensa, a vice-presidente da Comissão Europeia Margrethe Vestager, que tem a pasta da Concorrência.

O executivo comunitário quer que a UE adote medidas que evitem que países terceiros possam pôr em risco a segurança económica europeia, propondo que seja controlado o acesso a tecnologia de ponta desenvolvida na UE ou a infraestruturas chave através de relações comerciais ou de investimento.

Bruxelas quer ainda que a UE estabeleça parcerias com o maior leque possível de países terceiros para dar resposta a preocupações e interesses comuns, apelando à colaboração dos Estados-membros e do setor privado.

O vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis referiu que, se por um lado, uma das valias da UE é ter uma economia aberta e um “superpoder comercial”, por outro lado, é preciso “lidar com alguns riscos económicos”.

“Tendo em vista as ameaças emergentes, alguns Estados-membros e países terceiros já melhoraram os controlos nacionais com vista a limitar as exportações de tecnologias críticas”, referiu ainda.

Bruxelas quer incluir os ‘microchips’, a inteligência artificial e os supercomputadores na lista dos setores chave e apela ainda para serem examinados os riscos em quatro áreas distintas: as cadeias de abastecimento — incluindo a segurança energética — as infraestruturas críticas, a segurança tecnológica e a fuga de tecnologia.