“No caso de Portugal, desde os primeiros empréstimos concedidos em 1976, o BEI tem sido um ator vital para o desenvolvimento económico do nosso país”, afirmou Carlos Costa no início da Conferência Investimento, inovação e digitalização: o caso português.
O governador acrescentou que, “desde então, o BEI aumentou e diversificou a sua atuação, apoiando múltiplos projetos, nos mais variados setores, mobilizando volumes consideráveis de recursos e disponibilizando o seu precioso aconselhamento e apoio técnico”.
De acordo com Carlos Costa, mais recentemente, no contexto do Plano de Investimento para a Europa, o BEI tem contribuído para promover o crescimento económico e o emprego, nomeadamente através do apoio à inovação em áreas-chave da economia portuguesa, como a indústria aeronáutica, a energia, a saúde e a educação.
Segundo Carlos Costa, em 2017, o financiamento total do Grupo BEI representou cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) português, como já tinha ocorrido em 2016.
“Vivemos num mundo cada vez mais globalizado, em que assistimos a uma mutação contínua da inovação, à ascensão rápida do setor digital e da economia intangível e ao aparecimento de novos ‘players’ globais no domínio da investigação e desenvolvimento, como a China”, frisou o governador do Banco de Portugal.
Por isso, Carlos Costa frisou que “nunca como agora é tão verdadeira a afirmação de Heraclito de que ‘nada é permanente a não ser a mudança'”, e sublinhou que, para a União Europeia, assim como para cada um dos Estados Membros, “é crucial participar nesta corrida global da inovação e da digitalização, sob pena de a Europa perder relevância no panorama internacional”.
O governador do Banco de Portugal destacou que “é pela via do investimento, da aposta na inovação e da capacidade de tirar partido das potencialidades da economia digital que se podem criar condições para o aumento da produtividade, indispensável ao crescimento económico no longo prazo”.
Carlos Costa frisou ainda que “a capacidade de inovação é uma importante alavanca da produtividade e da competitividade das empresas e da economia no seu conjunto”.
O responsável salientou que a produtividade está relacionada, nomeadamente, com a absorção do conhecimento e do progresso tecnológico, com as competências dos recursos humanos, com a natureza e a dinâmica da inteligência coletiva das organizações e com a qualidade da gestão das empresas, sendo, por isso, “fundamental que as empresas portuguesas evoluam no sentido de patamares superiores da cadeia de valor, da incorporação de conhecimento e do aproveitamento e rentabilização dos benefícios decorrentes da evolução tecnológica, incluindo a digitalização”.
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