À entrada para a apresentação do livro do advogado e antigo dirigente do PSD António Pinto Leite, “Não há vidas grátis”, Aníbal Cavaco Silva foi questionado sobre a proposta orçamental do Governo para o próximo ano, apresentada na terça-feira.
“Os senhores sabem muito bem que eu não sou comentador de orçamentos e, para além disso, eu não tenho informação suficiente sobre o grau de ilusão e anestesia fiscal que está presente neste Orçamento e na sua apresentação pública. Por isso não posso dizer-vos nada sobre o assunto”, afirmou.
Questionado se há ilusão neste Orçamento, o antigo primeiro-ministro e líder do PSD repetiu que “os conceitos de ilusão fiscal e anestesia fiscal são muito importantes para analisar a apresentação pública de um Orçamento”.
Cavaco Silva explicou que estes conceitos são de um académico italiano do início do século XX, Amilcare Puviani, que os considerou essenciais para analisar a apresentação de um orçamento.
“Vêm-me sempre à memória porque na minha tese de doutoramento fiz um estudo aprofundado precisamente sobre a ilusão e a anestesia fiscal”, disse.
O livro de António Pinto Leite é apresentado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e conta na assistência com o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o antigo vice-primeiro-ministro Paulo Portas, o antigo ministro do Governo socialista Pedro Siza Vieira, o conselheiro de Estado e antigo dirigente do CDS-PP António Lobo Xavier ou o atual ‘vice’ dos democratas-cristãos Paulo Núncio.
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