No final de uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje começou a receber os partidos sobre o próximo ano político e as perspetivas de aprovação do orçamento, Assunção Cristas admitiu que os “partidos das esquerdas encostadas”, como se refere ao PS, BE, PCP e PEV, que apoiam o Governo, “fazem algum ruído”, mas acabam por entender-se.
Deu como exemplo os orçamentos anteriores e a proposta do CDS que punha fim ao adicional ao Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), rejeitado pelos partidos da esquerda.
“A nossa convicção é que o orçamento passará”, afirmou.
Assunção Cristas afirmou que o seu partido tem “uma visão orçamental alternativa”, estando na expectativa de ver se o Governo apresentará ou não propostas para o Interior, afirmando que o CDS o fará.
O CDS foi o quarto e último, depois do PAN, do PEV e do PCP, a ser recebido pelo Presidente da República, que hoje começou a ouvir os partidos políticos com assento parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2019 e os pontos fundamentais do final da legislatura, que termina no próximo ano.
Na terça-feira à tarde serão ouvidos o BE, PS e PSD.
Na semana passada, à saída de uma sessão solene na Reitoria da Universidade de Lisboa, o chefe de Estado referiu que as reuniões com os sete partidos com representação parlamentar servirão para ouvir “o que pensam acerca do Orçamento do Estado” e de “pontos de política fundamentais neste fim de legislatura”.
Sublinhando que os encontros não têm como motivo “nenhuma preocupação especial”, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que irá ouvir “o que pensam sobre a situação, nomeadamente, económica a nível mundial, o que pensam sobre as decisões da União Europeia a tomar nos próximos meses”, remetendo para o início do ano a audição sobre a data das eleições legislativas.
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