"É evidente para todos, hoje, mesmo para aqueles que não conhecem esta auditoria, que essa má gestão existiu na Caixa Geral de Depósitos. E é evidente que essa má gestão teve custos", disse Mário Centeno no parlamento.

"E é importante que esses custos, se derem lugar a responsabilidade civil, as autoridades competentes têm que a apurar", acrescentou o ministro.

O ministro das Finanças salientou que, mesmo antes da auditoria da EY, as inspeções do Mecanismo Único de Supervisão e do Banco de Portugal anteriores a 2015 eram "muito claras" e identificavam "todas as deficiências" da gestão da Caixa.

No entanto, Mário Centeno preferiu "olhar para o futuro" e garantiu que hoje a Caixa Geral de Depósitos dispõe dos mecanismos de controlo necessários e de uma "governação capaz de ter resultados de gestão que possam precaver" más decisões.

"Hoje temos na Caixa, no Conselho de Administração, um número suficiente de membros para alimentar uma comissão de auditoria e de controlo interno, um Conselho Fiscal, um Conselho de Avaliação de Remunerações. Alterámos a política de remunerações, alterámos a política de remunerações no Conselho de Administração, e houve um reforço no 'compliance' e no controle de risco", disse.

O ministro afirmou ser ainda ser impossível impedir o risco no setor bancário, mas defendeu que se deve trabalhar para o "minimizar".

"Mas era só o que faltava que augurássemos conseguir extinguir o risco da atividade financeira e bancária, mas devemos trabalhar para o minimizar", afirmou.