"Há um ambiente muito positivo em torno desta operação. Estamos confiantes", disse o gestor aos jornalistas, à margem da atribuição dos prémios de empreendedorismo da CGD, em Lisboa.
E acrescentou: "Temos indicações dos bancos de investimento de que há uma procura importante. Estão centenas de reuniões agendados e, se correr bem, a operação realiza-se a breve trecho".
Questionado sobre se é possível fechar a operação até ao fim do mês, Paulo Macedo assumiu que esse "é um dos objetivos".
O presidente do banco público referiu ainda que se vai iniciar na segunda-feira um 'roadshow' em Lisboa, Paris e Londres.
Paulo Macedo vai encontrar-se com investidores, a partir de segunda-feira, em Londres e Paris para apresentar a emissão obrigacionista do banco de 500 milhões de euros.
O sindicato bancário responsável pela emissão de obrigações da CGD informou hoje sobre um conjunto de encontros com investidores europeus entre segunda e quarta-feira.
A CGD quer emitir 500 milhões de euros de dívida perpétua, a cinco anos e a uma taxa de 5,125%, no "futuro próximo" e "sujeito a condições de mercado".
Além de Paulo Macedo, vão participar no ‘roadshow’ junto de investidores institucionais, em Londres e Paris, o administrador financeiro, José Brito, o responsável pelo investimento, Bruno Costa, e o responsável pelas relações com investidores, Luís Martins.
Em Lisboa, os representantes da CGD serão o administrador Francisco Cary e o responsável pelos mercados financeiros, Marco Azevedo.
Na sexta-feira, o administrador financeiro da CGD, José Brito, disse que o banco público vai realizar ainda este mês a emissão de dívida subordinada no montante de 500 milhões de euros.
Esta emissão será destinada exclusivamente a investidores institucionais, nomeadamente fundos de investimento e "hedge funds", fundos de pensões e seguradoras.
Deste modo, a CGD já tinha garantido na semana passada que não haverá colocação desta emissão junto de clientes particulares ou empresas, bem como junto de entidades públicas, nos termos do acordo com Bruxelas.
A emissão de dívida faz parte do processo de recapitalização do banco, com o objetivo de aumentar o seu capital em cerca de 5.000 milhões de euros, o que servirá para assumir maiores níveis de imparidades (perdas potenciais, nomeadamente com créditos), cumprir rácios de capital (indicadores de solvabilidade da instituição) mais exigentes e ainda fazer face aos custos da reestruturação que será feita (sobretudo saída de pessoal, nomeadamente através de reformas).
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