O BCE, que fez este inquérito entre 01 de dezembro de 2017 e 02 de janeiro de 2018 a 143 bancos da zona euro, explica hoje que o ritmo da suavização das condições dos empréstimos à habitação se intensificou.

Em relação aos créditos às empresas e ao consumo, o BCE refere que as condições se mantiveram.

“A pressão da concorrência e a perceção do risco dos bancos facilitaram as condições da concessão de crédito”, segundo o BCE, que indica que, contudo, a tolerância ao risco dos bancos, os custos de financiamento e as restrições nos balanços tiveram um efeito neutro.

Mesmo assim, reduziram-se as margens dos créditos às empresas, dos empréstimos à habitação e dos créditos ao consumo, apesar de nestes últimos terem aumentado no caso dos que apresentavam mais riscos.

Os bancos esperam no primeiro trimestre de 2018 suavizar mais as condições nos três segmentos (empréstimos às empresas, à habitação e ao consumo).

A procura de crédito aumentou no quarto trimestre do ano passado em todas as categorias de empréstimos bancários, indica ainda o BCE.

“A procura líquida de empréstimos à habitação continuou a ser impulsionada principalmente pelas baixas taxas de juro e as perspetivas favoráveis para o mercado da habitação, bem como pela confiança do consumidor”, adianta o BCE.

Os bancos fortaleceram mais as suas posições de capital no segundo semestre de 2017 para cumprir as exigências regulatórias e de supervisão, que não tiveram um impacto geral nas condições de crédito, mas dificultaram um pouco as condições dos créditos ao consumo e às famílias.

O BCE leva a cabo este inquérito cada três meses para avaliar a situação do mercado creditício.