Numa entrevista ao Expresso, António Costa fala de um programa eleitoral "para todas e todos os portugueses", escusando dizer se é de esquerda ou de centro.
Sobre a função pública, António Costa antecipa a possibilidade de “haver atualização anual dos vencimentos” e “preencher as inúmeras lacunas de contratação de pessoal na administração pública”, assim como “rever significativamente os níveis remuneratórios dos seus técnicos superiores”.
“Os técnicos superiores têm de ter fatores de diferenciação salarial significativa, sob pena de o Estado deixar de ser competitivo na contratação de quadros qualificados para a administração pública”, adianta o primeiro-ministro.
No que concerne a regionalização, António Costa diz que "a pior coisa que podia acontecer para quem defende a regionalização (…) era precipitarmo-nos numa confrontação com o Presidente da República, com um risco de comprometer por mais 20 anos” o processo.
Sobre esta matéria, o também primeiro-ministro admite que “o próprio Presidente possa ter evoluído na sua reflexão ao longo dos últimos anos”, reiterando que “o PS sempre foi a favor da regionalização”.
“Mas depois há que fazer uma avaliação sobre a oportunidade política da introdução do tema, sabendo-se que o atual Presidente da República foi o campeão do combate à regionalização”, acrescenta António Costa.
Depois de considerar Marcelo como “campeão do combate à regionalização”, o socialista considera que o líder do PSD, Rui Rio, foi há 20 anos “um vice-campeão” e “hoje é um dos grandes defensores da regionalização”.
Na entrevista ao semanário, o líder do PS propõe-se ainda “reforçar os instrumentos de combate à corrupção e os meios afetos à investigação”.
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