Numa nota de imprensa, a confederação saudou as medidas anunciadas pelo Governo e disse que estas "vão ao encontro do que a CTP tem vindo a defender para fazer face à situação dramática que as empresas estão a atravessar".

"O alargamento dos instrumentos de apoio à situação de tesouraria das empresas e os apoios diretos às micro, pequenas, médias e grandes empresas são vitais e urgentes para a sobrevivência dos vários ramos do turismo e para a manutenção dos postos de trabalho", afirmou, destacando a prorrogação do Apoio à Retoma Progressiva, do Programa Apoiar e o lançamento de apoios a rendas não habitacionais.

A CTP também considerou positivo o alargamento da linha de crédito dirigida ao setor industrial exportador, com o aumento da sua dotação e a inclusão das empresas que operam na atividade turística.

"A ser implementada e legislada em breve, esta medida é da mais elementar justiça para o turismo que vive, na atualidade, o seu pior momento. Aquando do lançamento da linha verificámos que o turismo não tinha sido incluído e manifestámos a nossa surpresa uma vez que somos a maior atividade económica exportadora do país, tendo sido responsável em 2019 por 52,3% das exportações de serviços e por 19,7% das exportações totais", salientou o presidente da CTP, Francisco Calheiros, no mesmo comunicado.

A CTP considerou que as novas medidas "percam por tardias" e lembrou a falta de medidas para a capitalização das empresas.

"A CTP apela ainda ao Governo para que este pacote de medidas ontem [na quinta-feira] apresentado chegue rapidamente às empresas", acrescentou a confederação.

O ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou na quinta-feira um pacote de novas medidas para as empresas com quebra de faturação, como apoios às rendas, e o alargamento de medidas de apoio à situação de tesouraria das empresas já lançadas e que até novembro fizeram chegar à economia 22 mil milhões de euros.

O pacote de medidas aprovadas pelo Governo vai ser aplicado durante os primeiros seis meses do próximo ano com o objetivo de mitigar o impacto da pandemia na tesouraria das empresas, num total de 7.200 milhões de euros, dos quais 1.400 milhões de euros são a fundo perdido.