Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), tratados pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), nos primeiros oito meses deste ano o valor exportado pelo setor foi de 3.063 milhões de euros, menos 13,5% face ao mesmo período de 2019.

Esta queda (menos 477 milhões de euros exportados) acontece apesar de, no período em causa, ter havido exportações de "mais 109 milhões de euros de artefactos têxteis confecionados (onde se incluem as máscaras) e mais 17 milhões de euros de vestuário confecionado com feltros ou falsos tecidos (onde se incluem os equipamentos de proteção individual)", refere a ATP.

Quanto aos destinos das exportações, no acumulado entre janeiro e agosto, para Espanha (o principal destino) as vendas caíram 26,8% para 796 milhões de euros, enquanto para França (segundo destino) aumentaram 6,4% para 484 milhões de euros e para a Alemanha (terceiro destino) se mantiveram estáveis nos 298 milhões de euros.

Apenas em agosto, as exportações de têxteis e vestuário voltaram a terreno positivo, ao aumentarem 355,3 milhões de euros (mais 0,2% face a igual mês do ano passado).

Para este ligeiro aumento contribuíram, segundo a ATP, os 'produtos Covid', as matérias primas de algodão (mais 19,7%), os tecidos especiais (mais 15,7%), os tecidos de malha (mais 12,2%) e as pastas, feltros e artigos de cordoaria (mais 3,2%).

Os artefactos têxteis confecionados (em que se incluem as máscaras) aumentaram as exportações em 10 milhões de euros (mais 449%).

Quanto às importações de têxteis e vestuário, em agosto caíram 10% face a agosto de 2019.

Em termos acumulados, nos oito primeiros meses de 2020, houve uma queda das importações de 16%, tendo a balança comercial do setor um saldo de 641 milhões de euros e uma taxa de cobertura de 126%.