Segundo o INE, o decréscimo do ICT entre abril e junho — que se segue a um aumento homólogo de 7,1% no trimestre anterior — foi “essencialmente explicado pelo aumento do número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador”.

“O aumento acentuado, este trimestre, no número de horas efetivamente trabalhadas foi sobretudo explicado pela reabertura, total ou parcial, das empresas que estiveram encerradas por determinação legislativa ou devido à redução do período normal de trabalho em função da diminuição na faturação”, explica.

No segundo trimestre, os custos salariais diminuíram 4,7% (tinham aumentado 7,8% no trimestre anterior) e os outros custos do trabalho aumentaram 7,2% (tinham aumentado 4,4% no trimestre anterior).

“Para o aumento dos outros custos no segundo trimestre de 2021 contribuiu o acréscimo nas contribuições patronais decorrente da diminuição significativa de empresas abrangidas pelo regime de ‘lay-off’ simplificado no setor privado da economia”, nota o INE.

De acordo com o instituto, “esta evolução resultou também da conjugação do acréscimo de 7,3% no custo médio por trabalhador e do acréscimo de 10,8% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador”.

“O aumento desta última componente — explica — foi observado na maioria das atividades, com exceção da construção, onde se observou uma redução, tendo sido particularmente elevada nas atividades do setor público (13,3%)”.

Também o acréscimo do custo médio por trabalhador “foi transversal a todas as atividades económicas, tendo a menor variação sido observada no setor público (2,5%)”.