“A economia, nos últimos anos, tem-nos surpreendido pela positiva e temos de estar à altura dessa surpresa e ser capazes de atuar, de forma a potenciar esse crescimento, que vem dos incentivos”, afirmou Mário Centeno, na sessão de abertura do primeiro encontro das Entidades Reguladoras Portuguesas, em Lisboa, dedicado ao tema “10 anos da lei-quadro das entidades reguladoras — que futuro?”.
Para o antigo ministro das Finanças, o respeito pelas instituições, juntamente com a educação, são os pilares do desenvolvimento das economias e sociedades modernas.
A economia é hoje “mais exigente”, fruto do potencial produtivo “de gerações cada vez mais educadas e capazes de levar Portugal a patamares superiores”, apontou.
Centeno defendeu também que todos os reguladores tiveram um papel no processo evolutivo da regulação em Portugal, que ocorreu na última década, acrescentando que o BdP vai continuar a trabalhar para contribuir para que o atual quadro institucional “melhor sirva os interesses de Portugal”.
O responsável pelo supervisor financeiro português disse ainda que os poderes sancionatórios do BdP têm um papel dissuasor importante, sendo que, no seu funcionamento, a regulação é um requisito para intervir “com mais qualidade e de forma mais oportuna”.
Mário Centeno destacou igualmente o “papel insubstituível” do BdP na promoção da literacia económica e financeira dos cidadãos.
“Uma atuação consciente e informada dos agentes económicos é também uma forma de regulação dos mercados. O nosso papel tem sido crucial para que as pessoas tenham acesso a informação completa sobre as economias portuguesa e europeia”, concluiu.
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