"Todo o processo foi realizado em um contexto de transparência e abertura", afirmou o economista boliviano Augusto López-Claro, em declarações publicadas neste domingo pelo jornal chileno "El Mercurio".
López-Claro, que, num primeiro momento, foi mencionado como sendo chileno, viu-se envolvido numa polémica depois de o economista-chefe do Banco Mundial, Paul Romer, ter afirmado ontem ao "The Wall Street Journal" que a metodologia de elaboração do ranking foi alterada em diversas ocasiões com motivações políticas. Dessas alterações resultaram, nos últimos quatro anos, aresultados negativos na avaliação da competitividade chilena. Isto teria provocado a queda do Chile no ranking durante o governo de Michelle Bachelet.
O economista boliviano reconheceu que, nos últimos quatro anos, os indicadores do ranking estiveram sujeitos a mudanças significativas de metodologia, que aconteceram após consultas realizadas dentro e fora do Banco Mundial.
Em sua defesa, López-Claro descartou uma orientação política nos resultados do ranking. Explicou que a queda do Chile se deveu aos investimentos menores registados nos últimos anos, e ao facto de a sua legislação ter "uma série de características que incorporam restrições contra as mulheres".
López-Claro é responsável pela elaboração do ranking desde 2011, mas tirou um ano sabático. A revelação de Romer provocou comoção no Chile e motivou a presidente Bachelet a exigir uma investigação.
O banco anunciou que fará uma revisão externa dos indicadores correspondentes ao Chile no relatório Doing Business.
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