A informação foi avançada aos jornalistas pelo líder do grupo EDP, à margem da cerimónia de inauguração do primeiro parque eólico da elétrica na Grécia, na quinta-feira, quando questionado sobre a participação da empresa no terceiro leilão de energia solar, que arranca hoje.
“Vamos participar, vamos analisar todos os processos de leilões que possam aparecer. […] Temos particular interesse em olhar para a parte dos híbridos, dos flutuantes, por exemplo, e estamos também a olhar para a oportunidade da central do Pego”, avançou Stilwell d’Andrade.
No entanto, a decisão não está ainda fechada, uma vez que o concurso público lançado pelo Governo para a reconversão da infraestrutura decorre até às 23:59 do dia 17 de janeiro de 2022, após a prorrogação do prazo para a entrega de propostas por três meses.
“Havendo condições e, se acharmos que conseguimos pôr uma proposta competitiva em cima da mesa, obviamente que o faremos”, acrescentou o responsável.
Não querendo antecipar uma proposta que ainda não existe, o presidente executivo da EDP apontou que, a acontecer, envolveria a componente de energias renováveis e poderia também envolver uma componente de hidrogénio.
No dia 17 de setembro, o Governo anunciou a abertura do concurso público para a atribuição do ponto de injeção na Central do Pego, atualmente ocupado pela unidade a carvão, que deixou de produzir na passada sexta-feira, com uma potência instalada de 628 megawatts.
O leilão de 262 megawatts (MW) de energia solar flutuante em sete barragens nacionais (Alqueva, Castelo de Bode, Cabril, Alto Rabagão, Paradela, Salamonde e Tabuaço) começa hoje e termina em 29 de janeiro, anunciou na quarta-feira o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
Relativamente ao projeto de hidrogénio ‘verde’ em Sines, Green H2 Atlantic, que será coordenado pela EDP Renováveis (EDPR) e que tem como objetivo a criação de um gigawatt (GW) de capacidade de produção de hidrogénio verde, Stilwell d’Andrade não antevê uma decisão de investimento no curto prazo.
Para o CEO da EDP e da EDPR, a tecnologia do hidrogénio é ainda muito embrionária e é necessário fazer uma análise técnica e económica do projeto.
No entanto, prosseguiu, o consórcio “está a trabalhar” e tem “alguma indicação de apoio por parte de Bruxelas”.
Comentários