“A ERSE só terá de se pronunciar num momento posterior. É evidente que acompanhamos o que está a acontecer”, disse Cristina Portugal, durante uma audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.
De acordo com a responsável, ainda “não é o momento” de o regulador energético se manifestar, tendo em conta que a Oferta Pública de Aquisição (OPA) ainda não se concretizou.
“Não sei se a OPA se concretizará ou não. Não está registada. Provavelmente, é uma coisa que sucederá daqui a mais algum tempo. Por agora, não é o momento da ERSE se pronunciar”, sublinhou.
A China Three Gorges anunciou na sexta-feira a intenção de lançar uma OPA voluntária sobre o capital da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por cada ação, o que representa um prémio de 4,82% face ao valor de mercado e avalia a empresa em cerca de 11,9 mil milhões de euros.
A China Three Gorges, que já detém 23,27% do capital social da EDP, pretende manter a empresa com sede em Portugal e cotada na bolsa de Lisboa.
Caso a OPA sobre a EDP tenha sucesso, a China Three Gorges avançará com uma oferta pública obrigatória sobre 100% do capital social da EDP Renováveis, a 7,33 euros por ação.
O grupo chinês afirma, no anúncio preliminar da operação, que só lançará a OPA sobre a EDP se o Governo português não se opuser à operação.
O primeiro-ministro, António Costa, já disse que não tem “nenhuma reserva a opor” a que o grupo chinês realize a OPA sobre a EDP.
A EDP considerou hoje que o preço oferecido pela China Three Gorges (Europe) para adquirir a elétrica portuguesa é baixo e “não reflete adequadamente o valor” da empresa.
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