A empresa, que tem sede em Madrid e está cotada na bolsa de Lisboa, atribui este resultado, “em linha” com o primeiro trimestre de 2022, quando teve lucros de 64 milhões de euros, aos “custos financeiros mais elevados”, entre eles, o “aumento do custo médio da dívida para 4,6%” e “o impacto negativo da avaliação a valor justo de itens financeiros não caixa”.
A EDP Renováveis diz que estes maiores custos financeiros neutralizaram “o forte crescimento”, entre janeiro e março, do EBITDA, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações, que foi de 448 milhões de euros, mais 14% do que no mesmo período de 2022, “impulsionado pelo crescimento das receitas”.
As receitas da EDP Renováveis aumentaram 24% no primeiro trimestre do ano, para 706 milhões de euros, o que a empresa justifica com o aumento da eletricidade que produz (mais 11%), por ter mais capacidade de produção, mas também com o crescimento médio dos preços de venda da energia (mais 8%).
Quanto aos custos, aumentaram 19% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, com a empresa a destacar o impacto de 25 milhões de impostos na Polónia e Roménia e o “custos de pessoal mais elevados devido ao aumento de 10% do número de colaboradores”.
Neste período, a EDP Renováveis fez um investimento bruto de mil milhões de euros, compensado por um aumento de capital do mesmo valor “para o suporte dos planos de crescimento” da empresa.
A dívida líquida da empresa no final do primeiro trimestre alcançou os 4,8 mil milhões de euros, mais 0,6 mil milhões de euros do no mesmo período do ano passado, “refletindo o investimento em novos projetos de energias renováveis”, segundo a informação divulgada hoje pela EDP Renováveis.
A EDP Renováveis é uma empresa subsidiária e detida a 74,98% pelo Grupo EDP (Energias de Portugal), operando no domínio das energias renováveis.
Em 2022, a empresa apresentou lucros de 671 milhões de euros, um aumento de 2% em relação ao ano anterior.
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