Numa carta dirigida ao ministro das Infraestruturas a que a Lusa teve hoje acesso, o presidente do Eixo Atlântico, Ricardo Rio, refere “o acordo estabelecido pela comissão executiva” numa reunião realizada na sexta-feira para “solicitar ao Governo medidas de isenção de portagens nas SCUT [Sem Custos para o Utilizador] fronteiriças, pelo menos temporariamente, como medida de apoio à recuperação dos turistas vindos de Espanha”.
“Sobretudo na região Norte”, está em causa “o principal mercado turístico com um volume significativo económico para as nossas cidades”, refere o Eixo Atlântico, que atualmente agrega 28 municípios de Portugal e da Galiza, em Espanha.
Questionado pela Lusa, Ricardo Rio, também presidente da Câmara de Braga, esclareceu que o Eixo teve em mente as portagens na A28, que liga o Minho ao Porto, na A27, “que faz a ligação a Vila Nova de Gaia” e, “no interior, sobretudo a A24”.
Quanto à hipótese de a mesma isenção se aplicar do lado espanhol, com vista à recuperação turística na sequência do levantamento de restrições ligadas à covid-19, Ricardo Rio esclareceu que na Galiza existem “duas autovias”, sendo apenas uma delas paga, pelo que “há alternativa” à circulação.
Por outro lado, explicou, “a margem negocial para aplicação de isenções é muito limitada”, razão pela qual a questão se colocou na reunião do Eixo Atlântico no que toca ao lado espanhol.
Na carta enviada na terça-feira ao ministro Pedro Nuno Santos, o Eixo Atlântico manifestou interesse numa reunião, “assim que as circunstâncias o permitam, para falar sobre as infraestruturas pendentes”.
“Tratam-se de infraestruturas para o desenvolvimento que neste momento são mais necessárias do que nunca, tanto aquelas que dependem exclusivamente do Governo de Portugal como aquelas que devem ser articuladas com Espanha ou que já estavam em processo de discussão e sobre as quais, neste momento, não temos informação sobre a situação em que se encontram”, refere o Eixo Atlântico.
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