"É mais uma boa notícia, que confirma a viragem de que eu falei ontem [terça-feira] na economia portuguesa. Os mercados estão a sentir a solidez financeira em Portugal, estão a sentir o crescimento e, por isso, o Governo - e bem - tira proveito da situação, financiando-se num momento positivo e os mercados respondem com juros cada vez mais negativos", respondeu o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, aos jornalistas à margem das Jornadas Árabes, que decorrem entre hoje e quinta-feira na Torre do Tombo, em Lisboa.

Portugal colocou hoje 1.500 milhões de euros, montante máximo anunciado, em Bilhetes do Tesouro a seis e a 12 meses a taxas de juro médias ainda mais negativas do que as dos anteriores leilões comparáveis, foi anunciado na página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na Bloomberg.

"Era impensável há um ano, há dois, há três, há quatro, que nós pudéssemos ir recolher dinheiro a seis meses, a um ano, a juros tão negativos, quer dizer que as pessoas ainda pagam para ter dívida pública portuguesa. Isso é bom", sublinhou ainda o chefe de Estado.

A 12 meses foram colocados 1.000 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) à taxa de juro média de -0,153%, de novo negativa e inferior à registada em 15 de março de 2017, quando foram colocados 1.000 milhões de euros a uma taxa de juro de -0,112%.

A seis meses, foram colocados 500 milhões de euros em BT à taxa média de -0,210%, mais negativa do que a verificada também em 15 de março, quando foram colocados 250 milhões de euros a -0,158%.

A procura atingiu 1.620 milhões de euros para os BT a 12 meses, 1,62 vezes superior ao montante colocado, e 1.115 milhões de euros para os BT a seis meses, 2,23 vezes o montante colocado.

O IGCP tinha anunciado para hoje dois leilões de BT a seis e a 12 meses entre 1.250 milhões de euros e o montante máximo de 1.500 milhões de euros com maturidades em 17 de novembro de 2017 e 18 de maio de 2018.

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