De acordo com dados atualizados hoje pelo banco central, os empréstimos fornecidos às empresas e às famílias desceram em setembro face ao mesmo mês do ano passado, 3,6% e 0,5%, respetivamente.
No entanto, dentro dos empréstimos concedidos pelos bancos às famílias, o crédito para habitação desceu 1,8%, enquanto o para consumo apresentou em setembro uma taxa de variação anual de 5,3%.
Os empréstimos ao consumo têm subido em termos homólogos nos últimos dois anos, acelerando consecutivamente até atingir um pico de crescimento de 5,4% em agosto deste ano, o mais elevado desde dezembro 2009, a primeira entrada da série do Banco de Portugal.
Em setembro, o crescimento dos novos empréstimos abrandou ligeiramente, ao crescer 5,3% - que representa a segunda taxa de variação anual dos empréstimos ao consumo mais elevada desde 2009, e que também foi registado em julho.
Por sua vez, os empréstimos à habitação diminuíram 1,8% em setembro deste ano face ao mesmo mês do ano passado, um abrandamento face à taxa de variação anual negativa de 2,1% registada em agosto deste ano. Recorde-se que os empréstimos há seis anos que apresentam, todos os meses, taxas de variação anual negativas (embora cada vez menores).
Já os empréstimos às empresas apresentaram caíram 3,6% em setembro deste ano, uma redução superior à de 3,1% verificada no mês anterior, mas ainda inferior à queda anual de 4% verificada em junho deste ano (a maior desde fevereiro de 2015).
Segundo uma nota do banco central, a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a empresas foi de 2,74% em setembro, ligeiramente inferior à taxa de 2,75% verificada em agosto.
O volume de novos empréstimos concedidos a empresas foi de 2.118 milhões de euros em setembro, acima dos 2.045 milhões de euros registados em agosto.
Nas novas operações de empréstimos a particulares para habitação, a taxa de juro média foi de 1,56% (novo mínimo histórico), por comparação com 1,60% registado em agosto. No crédito ao consumo e no crédito para outros fins, as taxas de juro médias foram de 7,21% e de 3% (novo mínimo histórico), respetivamente, que comparam com 7,44% e 3,51% verificadas em agosto.
Os volumes de novas operações de empréstimos para habitação, consumo e outros fins totalizaram, respetivamente, 740 milhões, 347 milhões e 175 milhões de euros.
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