Nos bilhetes do Tesouro a 12 meses (com maturidade a 21 de maio de 2021) foram colocados mil milhões de euros, com uma taxa de -0,351%, depois de no leilão de abril a ‘yield’ ter sido positiva, nos 0,038%, com a procura a exceder em 3,02 vezes a oferta.
O IGCP colocou também 750 milhões de euros em títulos com data de vencimento em 20 de novembro de 2020 (seis meses), com uma taxa de -0,411%, que compara com a taxa de -0,089% do último leilão comparável (de março).
A procura também foi positiva, superando em 2,69 vezes a oferta.
De acordo com o diretor de Investimentos do Banco Carregosa, Filipe Silva, “os países da periferia e em particular Portugal, têm vindo a beneficiar dos planos de compra de ativos, bem como do alívio das condições dos mesmos por parte do Banco Central Europeu”.
“Prevê-se ainda, que esta semana haja uma versão final do acordo proposto entre França e Alemanha, de um pacote de 500 mil milhões de euros para ajudar os países mais afetados, a recuperar da pandemia causada pela covid-19″, refere.
Além das ajudas financeiras, segundo o especialista, Portugal “tem sido bem visto internacionalmente pela forma como tem lidado com o vírus, e são estes fatores combinados que têm permitido dar mais confiança aos investidores e como consequência uma redução do prémio de risco de Portugal”.
No último leilão comparável, em 15 de abril, Portugal colocou 1.250 milhões de euros, montante abaixo do máximo anunciado, em BT a três e a 11 meses, a taxas de juros superiores, tendo no prazo mais longo passado para terreno positivo pela primeira vez em três anos.
Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, em 15 de abril, a 11 meses foram colocados 840 milhões de euros em BT à taxa de juro média de 0,038%, positiva e superior à registada em 19 de fevereiro, quando foram colocados 950 milhões de euros a -0,484%.
A três meses foram colocados 410 milhões de euros em BT à taxa média de -0,009%, negativa, mas superior à verificada em 19 de fevereiro, quando foram colocados 300 milhões de euros a -0,500%.
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