Em comunicado enviado à agência Lusa, o PEV afirma que a designação "para esse cargo não representa, por si, um benefício para Portugal em particular, nem para a União Europeia em geral".
"Não se vislumbra que Mário Centeno seja precursor das mudanças necessárias que se impõem na UE e na zona euro, designadamente com a defesa de eliminação de constrangimentos diversos, nomeadamente ao nível das políticas orçamentais, que dificultam a possibilidade das economias mais frágeis de desenvolverem e robustecerem" (...), numa lógica de verdadeira solidariedade", lê-se.
O texto dos ecologistas considera ser esperado que a candidatura de Mário Centeno "não represente qualquer espécie de maior submissão de Portugal à UE e de desvio em relação às medidas de devolução de rendimentos e de direitos aos portugueses".
O PEV é um dos três partidos, juntamente com BE e PCP, com os quais foram assumidas posições conjuntas com o PS, em novembro de 2015, para viabilizar o atual Governo minoritário do PS dirigido por António Costa.
O Governo português apresentou hoje a candidatura de Mário Centeno à presidência do Eurogrupo em Bruxelas, juntando-se à ministra letã Reizniece-Ozola ("Verdes" ), ao eslovaco Peter Kazimir (também socialista), mas há ainda outras hipóteses: o igualmente socialista italiano Pier Carlo Padoan ou o luxemburguês Pierre Gramegna (PPE).
A eleição terá lugar na próxima reunião do Eurogrupo, que conta com 19 países-membros da moeda única continental, agendada para segunda-feira.
Mário Centeno, 50 anos, natural de Olhão, Algarve, é um ex-quadro do Banco de Portugal e ministro das Finanças desde 26 de novembro de 2015.
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