Este diagnóstico compromete seriamente a participação financeira do FMI no terceiro programa de assistência financeira à Grécia concedido pela zona euro em 2015.
“Mesmo com a plena aplicação das reformas económicas com as quais o país se comprometeu no quadro do programa” de assistência, “a dívida grega é altamente insustentável” e “vai tornar-se explosiva a longo prazo”, quando o Governo tiver de recorrer ao mercado para se financiar a juros mais elevados, refere o FMI.
Se não forem adotadas medidas de alívio, a dívida grega deve atingir 275% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, indica o relatório.
De acordo com as suas regras internas, o FMI, que participou nos dois programas de resgate concedidos anteriormente à Grécia, em 2010 e 2012, não pode conceder empréstimos a um país se considerar a dívida deste insustentável.
O relatório a que a AFP teve acesso apela à zona euro para fazer mais no sentido de aliviar a dívida grega e permitir a participação do FMI no programa.
A instituição pede medidas precisas, como a extensão das maturidades dos empréstimos até 2070 e o alívio dos reembolsos até 2040.
O FMI adverte, no entanto, que, se Atenas não aplicar as reformas exigidas pelos credores, a viabilidade da dívida não estará garantida, mesmo com medidas de alívio drásticas.
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