De acordo com o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), a recessão deste ano será bem mais severa que a previsão dos técnicos do Fundo há três meses, quando escreveram que a quebra do Produto Interno Bruto (PIB) devia rondar os 7,4%.

A revisão dos valores é mais pessimista que todas as estimativas dos economistas inquiridos pela agência de informação financeira Bloomberg para este ano e também para o próximo, ano em que esperam uma recessão de 4,1%, que se segue a uma queda do Produto de 18% em 2016, a maior do mundo.

"Esta crise política coloca riscos significativos ao crescimento se continua a escalar ou se continuar por um período longo", escreveu hoje o diretor do FMI para hemisfério ocidental, Alejandro Werner.

"Se as condições de vida continuarem a deteriorar-se, a crise humanitária na Venezuela pode ficar fora de controlo, aumentando o número de pessoas que emigram para os países vizinhos", acrescentou o responsável.

O relatório do FMI não apresenta novos valores sobre a inflação na Venezuela, dizendo apenas que está "a caminho da hiper-inflação", mas em abril os peritos antecipavam uma subida dos preços na ordem dos 720% este ano e 2.068% em 2018.