O documento de trabalho do fundo de resgate permanente da zona euro, elaborado com vista a “contribuir para a capacidade do MEE de monitorizar as vulnerabilidades soberanas nos países” que estiveram sob programa de assistência, atribui a Portugal em 2016 uma nota de 2.0 pontos (‘laranja’) – numa escala de 1 (‘vermelho’, equivalente a muito vulnerável) a 4 (‘verde’, muito resistente) -, depois de sete anos no ‘vermelho’ (com classificações entre os 1,7 e 1,9 pontos entre 2009 e 2015).

A pontuação é dada com base numa série alargada de critérios, como as “necessidades e condições de financiamento do Governo e estrutura da dívida”, “força económica”, “situação orçamental”, “passivos do setor financeiro”, “parâmetros institucionais” e “endividamento do setor privado e fluxos de crédito”, com vista a determinar as ameaças à capacidade de cada país “resgatado” para pagar os empréstimos aos seus credores.

De acordo com o mapa desenhado pelos técnicos do MEE que elaboraram o documento de trabalho, atualmente só a Grécia permanece no ‘vermelho’ (1,8 pontos na escala até 4), já que Espanha, Chipre (ambos com 2,1 pontos) e Portugal (2,0 pontos) estão no “laranja” e a Irlanda está no “amarelo” (2,7 pontos, a média do resto da zona euro).

Segundo a análise levada a cabo, entre os grandes domínios tidos em conta, Portugal está no ‘vermelho’ apenas num, “as necessidades e condições de financiamento do Governo e estrutura da dívida” (1,7 pontos), estando todos os restantes no “laranja”.

Portugal pediu assistência financeira em 2001, tendo o programa de ajustamento, no valor de 78 mil milhões de euros, durado três anos.